Segurança Pública
Brasil tem mais oficiais do que o necessário nas Forças Especiais do Exército, diz pesquisador do meio militar há mais de 50 anos: “Deve haver no máximo duas ou três”
Manuel Domingos Neto se mostrou contra a medida de dissolver o Comando de Operações da Força Terrestre
“O Brasil tem hoje mais oficiais do que necessário nessas organizações, lhes faltando comando e direção”. A afirmação é do historiador, professor aposentado da UFF (Universidade Federal Fluminense) e ex-deputado Federal, Manuel Domingos Neto.
O argumento do pesquisador do meio militar há mais de 50 anos foi publicado no dia 8 de janeiro pela Agência Pública em resposta ao que ele acha da ideia de dissolver o Comando de Operações do Exército, após a participação de diversos oficiais no suposto plano de golpe de Estado investigado pela Polícia Federal.
Manuel Domingos Neto se mostrou contra a medida.
“Não há a menor possibilidade de um exército moderno não possuir um contingente preciso, altamente treinado para missões extraordinárias. É inviável essa ideia, parece coisa de quem não estudou os militares, de quem não conhece o meio nem seu motivo de existir”.
Entretanto, o historiador formado pela Universidade de Paris disse em seguida que se deve repensar o tamanho, o emprego e a precisão das Forças Especiais.
“Acredito que deve haver, no máximo, 2 ou 3 companhias de Forças Especiais, para atender a situações de emergência, e o atual comando parece atento ao caso, como se viu na decisão do Estado-Maior do Exército de formar um grupo de trabalho para propor uma nova diretriz para o Comando de Operações Especiais”