ECONOMIA
Câmbio: Dólar recua 0,85% com inflação mais branda nos EUA
O dólar à vista fechou esta terça-feira (14) em queda de 0,85%, cotado a R$ 6,04, alinhado ao movimento global da moeda americana.
A notícia de que o governo de Donald Trump pode adotar uma abordagem gradual para novas tarifas de importação nos Estados Unidos e a inflação ao produtor abaixo das expectativas deram suporte às moedas de mercados emergentes.
Real lidera entre moedas globais
O real teve o melhor desempenho global nesta sessão, seguido pelo peso mexicano. Segundo operadores, o movimento reflete ajustes de posição por parte de investidores, após o estresse observado em dezembro, quando o dólar subiu 2,98%.
Em janeiro, a moeda americana acumula queda de 2,16% frente ao real, após ter encerrado 2024 com alta expressiva de 27,34%.
Índice DXY
No exterior, o índice DXY – que mede o dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes – recuou mais de 0,60%, atingindo a mínima de 109,204 pontos. Apesar disso, o dólar ganhou força frente ao iene e à libra, que segue pressionada mesmo com esforços do Reino Unido para demonstrar comprometimento fiscal.
Commodities
Os preços do petróleo recuaram após notícias de avanços no cessar-fogo entre Israel e o grupo Hamas. Já o minério de ferro registrou alta, impulsionado por promessas do governo chinês de mais estímulos econômicos e estabilização do yuan.
Próximos passos do Fed
Investidores aguardam a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA nesta quarta-feira (15). O dado será crucial para calibrar as expectativas sobre os próximos passos do Federal Reserve. Conforme o CME Group, a probabilidade de um corte de 25 pontos-base na taxa básica americana neste ano está em 40%.
Se o CPI apresentar um aumento abaixo do esperado, a tendência de queda do dólar pode ganhar força. No entanto, números acima das projeções podem gerar volatilidade no curto prazo.