Politíca
Aquecimento político na Paraíba: O Jogo de poder rumo a 2026
Por Roberto Tomé
As movimentações políticas na Paraíba estão esquentando como uma panela de milho verde no fogo alto. E não poderia ser diferente: à medida que as eleições de 2026 se aproximam, os bastidores começam a ferver. Tradicionalmente, as alianças no estado ganham forma em junho, embaladas pelas festividades juninas – nada como um bom forró para unir (ou dividir) lideranças. Mas desta vez, o jogo parece ter começado antes.
João Azevêdo, o atual governador pelo PSB, já lançou sua isca política. Ele deixou claro que quer disputar uma cadeira no Senado em 2026. Fez isso em um evento aparentemente inofensivo, a entrega do selo UNICEF a municípios paraibanos. Mas não se engane aquilo foi muito mais que um gesto administrativo. Foi um aviso. Ele disse que sua decisão dependerá do apoio dos partidos aliados e, claro, do povo – “quem decide é o povo”, afirmou ele, em um clichê tão velho quanto eficaz.
Agora, se João seguir realmente com sua candidatura ao Senado, o vice-governador Lucas Ribeiro (Progressistas) assume o comando do estado e entra com uma possível carta na manga: a reeleição. É como um jogo de xadrez: uma peça move-se para abrir espaço para outra. Mas, claro, nada é tão simples assim na política paraibana.
Do outro lado da sala, o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (Republicanos), não está para brincadeira. Ele já disse em alto e bom som que quer ser governador em 2026. Falou isso em programa, deixando claro que não vai esperar pela bênção de Azevedo ou de quem quer que seja. A ideia dele é construir uma candidatura sólida, dialogando com partidos aliados e puxando lideranças para o seu lado. Um trabalho de formiguinha que pode virar avalanche.
E o que diz Azevedo sobre isso? Bom, ele considera natural que Galdino tenha essa ambição. Afinal, quem não sonha em sentar na cadeira do Palácio da Redenção? Mas o governador não deixa barato: reforça que as candidaturas majoritárias serão decididas em conjunto. Nada de projeto individual, pelo menos na teoria. Na prática, cada um está cavando seu espaço.
Enquanto isso, a oposição assiste a tudo de camarote, tomando nota de cada movimento. Não duvide: eles já estão analisando cenários e elaborando estratégias. O que está em jogo aqui não é apenas a ocupação de cargos, mas a redefinição do mapa de poder na Paraíba.
O que se sabe até agora é que o calendário político paraibano está adiantado. As articulações, que geralmente ganham corpo na segunda metade do mandato, já estão em curso. E isso indica que os próximos meses serão marcados por embates, alianças improváveis e muitas tapas na mesa. Há um clima de urgência no ar, como se todos soubessem que a Paraíba está prestes a entrar em um momento decisivo.
Então, prepare-se. Os próximos capítulos dessa novela política prometem ser intensos. Quem sai ganhando? Difícil dizer. Mas uma coisa é certa: o eleitor paraibano vai ter muito que assistir antes de decidir em quem votar em 2026.