Segurança Pública
Tropas expulsas por recusar vacina contra COVID-19 podem voltar: Qual o custo e as consequências para as Forças Armadas?
Entenda posicionamento do Secretário de Defesa e veja o que pode acontecer com as tropas afastadas
Tropas que foram expulsas por se recusarem a tomar a vacina contra COVID-19 podem ser reintegradas à força militar. A declaração foi feita pelo Secretário de Defesa durante uma entrevista sobre discriminação nas Forças Armadas. Em sua fala, foi mencionado que essas tropas também devem ser reembolsadas pela decisão e recolocadas em suas devidas patentes.
Os esclarecimentos e pronunciamentos vieram de Pete Hegseth, de 44 anos, que anteriormente serviu na Guarda Nacional. Nomeado por Donald Trump para liderar as forças militares dos Estados Unidos, Pete se posiciona como um agente de mudança e promete atuar diretamente na saúde e bem-estar das tropas. Apesar das polêmicas envolvendo sua gestão anterior, incluindo acusações de má administração, embriaguez e agressão em 2017, o Secretário se diz confiante para enfrentar os desafios do cargo.
Política do Pentágono durante a pandemia
Durante o período mais crítico da pandemia de COVID-19, houve controvérsias relacionadas à demissão de militares que se recusaram a tomar a vacina. Embora fosse mencionado que não haveria riscos para as carreiras desses indivíduos devido a uma lei que amparava os conservadores em 2022, as autoridades, como o Subsecretário de Defesa para Pessoal, destacaram que haveria uma revisão para avaliar as medidas necessárias.
Ainda assim, as autoridades do Departamento de Defesa alertaram que os militares que se recusaram a tomar a vacina poderiam ser penalizados. A situação gerou um grande alvoroço e foi um ponto de discórdia entre os republicanos, que argumentaram sobre a lei que desobrigava as tropas de se vacinarem. Mesmo com essa legislação, o portal Military Times relatou que mais da metade dos militares que recusaram a vacina foram afastados de suas atividades.
Mudanças propostas pelo Secretário de Defesa às tropas
Caso a votação no Senado seja favorável, o Secretário de Defesa planeja reintegrar as tropas que foram afastadas devido à recusa da vacina. Pete Hegseth considera essa exigência uma forma de discriminação religiosa e classifica a vacina como “experimental”. Em defesa dos afastados, o Secretário afirmou que as tropas serão readmitidas. De acordo com levantamentos, cerca de 8 mil pessoas deixaram seus postos após a recusa à vacina, o que representa menos de 1% da força militar total.
Vale destacar que, mesmo após a suspensão da obrigatoriedade da vacina e o convite para o retorno dos militares afastados, o número de ex-militares interessados em retornar às forças armadas foi muito baixo. A proposta do Secretário de Defesa, além de reintegrar as tropas afastadas, também inclui o reembolso dos salários não pagos, o que pode resultar em um impacto financeiro milionário.
Impacto financeiro significativo
Se a proposta for aprovada, o impacto financeiro será considerável, já que uma das medidas inclui o pagamento dos salários atrasados das tropas reintegradas. O período de afastamento das tropas e o reembolso de seus salários pode custar centenas de milhões de dólares ao governo dos Estados Unidos.
Quem é Pete Hegseth?
O atual Secretário de Defesa, de 44 anos, é um forte aliado do governo Trump. Na área militar, ele possui experiência como soldado da Guarda Nacional e, por oito anos, foi apresentador na Fox News. Embora sua nomeação tenha sido uma surpresa, já que outros candidatos com mais experiência estavam sendo cogitados para o cargo, Pete conta com o apoio de Trump, que o considera um “guerreiro” para as tropas.
Por outro lado, senadores democratas apontam que Pete estaria abaixo dos outros candidatos para o cargo, especialmente em relação aos requisitos expostos, como a capacidade de administrar orçamentos, burocracia e outras responsabilidades essenciais.