Nacional
Janja e o desperdício do dinheiro público: uma tapa na cara de quem luta para sobreviver
Dinheiro público jogado no ralo. É assim que a atuação da Janja tem sido vista desde que seu marido, Lula, assumiu o terceiro mandato presidencial. Mesmo sem ocupar um cargo oficial, Janja conseguiu montar uma estrutura que custa caro — muito caro — aos cofres públicos. E quem paga essa conta? Você, que rala todo dia para sustentar o Brasil.
Doze pessoas compõem o time da suposta primeira-dama. Entre assessores, fotógrafos, especialistas em redes sociais e até um ajudante de ordens militar, os gastos mensais com essa equipe chegam a absurdos R$ 160 mil. Como se isso não bastasse, em viagens oficiais, Janja já torrou mais de R$ 1,2 milhão só em 2023. Um luxo bancado pelo povo brasileiro, que mal consegue pagar o arroz e o feijão.
Mas, peraí! Se Janja não tem um cargo formal no governo, por que ela precisa de tudo isso? A Secretaria de Comunicação Social (Secom) tenta justificar dizendo que está tudo na lei. Será? Ou seria mais uma gambiarra administrativa para camuflar o nepotismo e transformar uma figura não eleita em protagonista da gestão federal?
No Palácio do Planalto, as coisas também mudaram para acomodar a tal da “primeira-dama ativista”. Janja ocupa uma sala de 25 metros quadrados no terceiro andar, o mesmo onde despacha o presidente. Para isso, ajustes foram feitos, incluindo a redução de espaços de outros assessores. Parece pouco, mas o recado é claro: ela manda, mesmo sem um cargo.
E não para por aí. A lista de privilégios de Janja é de fazer inveja a muito político graúdo. Segurança da Polícia Federal, Cerimonialistas, diplomatas e uma equipe de comunicação sempre a tiracolo. Entre eles, o fotógrafo Cláudio Adão, que já gastou R$ 182,3 mil em viagens, e o gerente de projetos Wállison Breno Araújo, que lidera a farra dos gastos com R$ 185,9 mil. Afinal, ostentação é o novo lema da República?
Comparações com primeiras-damas anteriores escancaram o absurdo. Michelle Bolsonaro, por exemplo, focou em projetos como a inclusão de intérpretes de Libras. Marcela Temer, discreta, também não exigiu grandes estruturas. Ambas mal frequentavam o Planalto e tinham poucas estruturas e não contavam com a máquina pública. Janja, ao contrário, parece ter confundido o Planalto com uma extensão do seu ativismo pessoal.
E o nepotismo informal? Ele existe. A influência de Janja já emplacou aliados em cargos estratégicos, como Margareth Menezes no Ministério da Cultura e Maria Helena Guarezi no Ministério das Mulheres. Isso sem contar sua participação na lista de indicações para o Supremo Tribunal Federal. Tudo isso à margem de qualquer transparência ou debate público. Quem precisa de um cargo formal, afinal?
No início do governo, a tentativa de oficializar um gabinete próprio gerou polêmica. O ministro Rui Costa vetou a ideia, alegando que seria nepotismo descarado. Janja, por sua vez, fez o que sabe fazer melhor: vitimizou-se. Chamou a decisão de machismo e tentou justificar sua atuação comparando-se a primeiras-damas de outros países. Alguém avisa que o Brasil não é os Estados Unidos?
Enquanto Janja gasta rios de dinheiro, o povo continua afundado em problemas reais: inflação, desemprego, filas no SUS, insegurança. Será que a prioridade do governo é mesmo a população? Ou estamos apenas financiando uma narrativa política e um show de vaidades?
O mais revoltante é que, enquanto milhões de brasileiros lutam para sobreviver, a tal da primeira-dama desfila com uma estrutura que simboliza tudo o que o governo deveria combater: o desperdício, a falta de prioridade e a desconexão com a realidade. Transparência virou piada, e responsabilidade com o dinheiro público parece ter sido esquecida em algum palanque de campanha.
O recado é claro: enquanto não houver fiscalização séria, continuaremos financiando privilégios que nada têm a ver com o interesse público. E você, vai aceitar isso calado ou está na hora de cobrar respostas?