Politíca
Oposição paraibana: Em busca do nome para 2026, mas quem vai de fato conquistar o palácio do governo?
Ruy Carneiro, sempre com seu estilo direto e certeiro, não escondeu o jogo em sua entrevista nesta terça-feira (28): a oposição paraibana tem muitos nomes para disputar o Governo da Paraíba nas eleições de 2026. “São tantas opções que até dá para formar um time de futebol”, disse ele, brincando, mas sem deixar de expor a seriedade do que está por trás da fala. A dúvida é: será que essa pluralidade de nomes vai se traduzir em força real ou em mais uma temporada de promessas e disputas internas?
Entre os nomes mencionados por Ruy, figuram Pedro Cunha Lima, que, com aquele toque de quase vitórias, ficou a um triz de vencer nas eleições passadas. Seu desempenho, com uma diferença de apenas 1% nas urnas, já deixou claro que ele é uma figura forte dentro do campo oposicionista. Mas será que a Paraíba está pronta para apostar nele mais uma vez, ou esse “quase” ainda pesa? E não se pode esquecer-se de Efraim Filho, o senador que ainda tem tempo de brilhar mais no cenário nacional, e Romero Rodrigues, o ex-prefeito que ganhou destaque, mas ainda vive à sombra das eleições passadas. É a oposição tem opções, mas o que não falta é incerteza sobre qual delas tem a chave para abrir as portas do Palácio da Redenção.
Ruy, com o olho afiado no cenário político, destacou que as adesões ao grupo, como as que podem vir com possíveis rupturas no governo de João Azevêdo, são bem-vindas, mas não são à base de tudo. “A oposição precisa estar preparada para a eleição com o que já tem”, afirmou. Ou seja, que venham as adesões, mas que elas não sejam a salvação da lavoura. E, claro, ele sugeriu que a definição do nome do pré-candidato aconteça de forma mais antecipada, talvez um ano antes das eleições. Nada de ficar procrastinando até a véspera, como já vimos em outras corridas eleitorais. O planejamento estratégico precisa ser claro e organizado, ou a oposição vai pagar o preço da indecisão. Não é segredo para ninguém que o tempo perdido é terreno conquistado por quem já soube se posicionar.
Porém, há algo que é preciso destacar. A oposição paraibana, como qualquer grupo que queira ascender ao poder, tem um desafio gigantesco: a fragmentação. A busca por um nome único, capaz de representar a diversidade do grupo, sem perder o foco nas necessidades do povo paraibano, é uma missão árdua. Afinal, quantos nomes fortes de fato têm um apelo real junto ao eleitorado? E quantos estão apenas brigando pelo protagonismo interno? Isso é o que veremos nos próximos meses, enquanto as conversas nos bastidores se intensificam.
E fica a pergunta: em meio a tantos nomes e tantos interesses, será que a oposição paraibana vai conseguir apresentar um projeto claro e coeso para a Paraíba? Ou vamos assistir a mais um desfile de vaidades políticas que vai se perder no caminho? A resposta, por enquanto, está no silêncio. A definição do pré-candidato, para Ruy, pode vir a qualquer momento. Mas será que a oposição sabe o que fazer com esse nome quando ele finalmente for anunciado?