Politíca
Ditadura Militar: Parlamentar quer debate sobre mudança de nomes de bairros
Para Carlão (PL), a Comissão da Verdade está maculada pelas pessoas que a criaram a nível federal, presidente Lula, e a nível estadual, Ricardo Coutinho
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O vereador Carlão (PL) propôs que se realize um debate sobre a mudança de nomes de bairros e ruas da Capital que homenageiam envolvidos na Ditadura Militar. O parlamentar foi o quinto orador na sessão desta terça-feira (11), da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP).
Carlão citou que, no final de janeiro, o Ministério Público da Paraíba (MPPB),cobrou da CMJP e da Prefeitura da Capital medidas que viabilizem a mudança de nomes de bairros, ruas e instituições públicas de João Pessoa que homenageiam agentes envolvidos em violações de direitos humanos durante a Ditadura Militar, que ocorreu entre 1964 e 1985.
Ele citou a mensagem do presidente Luís Inácio Lula da Silva, em 2010, na criação da Comissão da Verdade. “Quem criou a comissão da verdade foi o homem que quase criou a mentira, digo quase porque ele não nasceu antes de Adão. Ela [a comissão] foi criada pelo homem que criou e trouxe à política a maior implementação de corrupção institucionalizada que já existiu no mundo. O homem que criou a Comissão da Verdade foi quem institucionalizou a mentira e a corrupção no estado brasileiro. Então, cabe um alerta, uma reflexão, que o fruto dessa comissão está cheio de composição ideológica e não da busca da verdade”, avaliou o parlamentar.
Segundo o vereador, a comissão está “maculada por aquele que a criou”, citando também o criador da Comissão Estadual da Verdade. “Quem instituiu a Comissão Estadual da Verdade? O ex-governador Ricardo Vieira Coutinho, um dos homens envolvidos em um dos maiores esquemas de corrupção do nosso estado, um homem também recheado de conteúdo ideológico. Uma Comissão da Verdade em que os integrantes eram membros do PT e que não trouxe verdade nenhuma, apenas conteúdo e protecionismo ideológico, progressista, socialista para macular todos aqueles que se assemelhassem um pouquinho à política contrária”, analisou.
“O Ministério Público chega e diz que a CMJP tem que tirar o nome de Ernesto Geisel, Castelo Branco, Valentina de Figueiredo. Espera aí, calma, não pode ser assim, porque esses bairros têm suas origens. Lá, famílias nasceram, cresceram, morreram, gerações passaram por eles. E a gente vai sair arrancando os nomes dos bairros assim? Não pode!”, afirmou o parlamentar, salientando que vai participar como terceiro interessado no processo junto ao Ministério Público. “Se comprovarem que Castelo Branco, à época presidente, era um assassino voraz, um criminoso contumaz ou um corrupto inveterado, está aqui um dos homens que vai concordar com o parecer do Ministério Público”, enfatizou.