Esporte
Puxada por Arthur Nory e Caio Souza, seleção masculina de ginástica artística tem caras novas em primeiro camping do novo ciclo olímpico
Experientes ginastas olímpicos são referência no processo de renovação da seleção, que ainda conta com Diogo Soares
A seleção brasileira masculina de ginástica artística está de cara nova. Na verdade, uma mescla de jovens e experientes sob o “comando” de duas referências olímpicas: Arthur Nory e Caio Souza. A experiência dessa dupla atrelada a novos rostos que vão aparecer neste ciclo olímpico Los Angeles 2028 será a tônica da seleção, que iniciou o seu primeiro camping de treinamento no CT do Time Brasil, no Rio de Janeiro, nesta semana.
O objetivo inicial é monitorar os atletas e iniciar a preparação deles para compromissos já neste 2025, ano que tem a disputa do Mundial de Ginástica Artística, em outubro, na Indonésia. A meta é formar um time forte e equilibrado e ir evoluindo em busca da sonhada vaga olímpica por equipes, que estará em jogo a partir do Mundial do próximo ano.
“O nosso grande objetivo é o de classificar a equipe completa para os Jogos Olímpicos Los Angeles 2028. Estamos começando esse novo ciclo com uma mescla de juventude e experiência e ter essa opção de mais atletas só nos fortalece na hora de montar uma equipe competitiva. Eu e Caio já passamos por essa fase de sermos os mais novos e, agora, podemos trazer todo esse aprendizado para orientar e motivar – e sermos motivados pelos mais jovens. Vamos juntos para conquistar esse objetivo da equipe”, analisou Arthur Nory.
“Estamos tendo uma interação muito legal entre os atletas. Temos a experiência dos mais velhos com a juventude dos mais novos. Se estou como espelho para os outros isso mostra que meu trabalho na ginástica foi bem-feito. Entramos neste ciclo com a cabeça focada no time e em melhorias individuais. É fundamental ressaltar que esse momento de início é importante para nos adaptarmos ao novo código de pontuação da FIG, então é a hora de testarmos e aprimorarmos os elementos de acordo com as mudanças que foram realizadas”, completou Caio Souza, referindo-se às modificações no código de pontuação da Federação Internacional de Ginástica (FIG) vigentes a partir deste ano.
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No novo time montado há atletas com mais bagagem em competições internacionais, como Nory, Caio e Diogo Soares – que, apesar de mais novo, já teve experiência olímpica – e jovens atletas na transição entre a base e o adulto, alguns com passagens pela própria seleção principal. Nesse grupo, nomes como o de Yuri Guimarães, Vitaliy Guimarães, Lucas Bitencourt e Bernardo Actos surgem como destaques e se juntam a potenciais, a exemplo de Pedro Silvestre e Derick Goulart, crias dos Jogos da Juventude que estão tendo suas primeiras oportunidades com a equipe adulta.
“Pensamos no início como camping de desenvolvimento, de mapeamento e de olhar todos os atletas. Temos uma mudança muito radical no código e temos que criar adaptação e seguir novas tendências. É um trabalho de direcionamento para todos. Essa mescla dos atletas mais experientes com os que estão iniciando o processo dá motivação, bagagem para que todos sigam firmes no trabalho, acreditem e tenham sucesso”, pontuou o coordenador técnico da seleção, Hilton Dichelli Júnior.