AGRICULTURA & PECUÁRIA
Crise no orçamento: Governo Lula se enrola e Plano Safra fica em risco
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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva mais uma vez tropeça na própria incompetência e se vê obrigado a recorrer a uma medida provisória para evitar um apagão financeiro no Plano Safra. O pretexto oficial? A não aprovação do Orçamento de 2025 pelo Congresso Nacional. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, jogou a culpa no Legislativo, argumentando que a suspensão dos financiamentos pelo Tesouro Nacional é consequência desse atraso. Mas ninguém esqueceu que o governo falhou miseravelmente em apresentar um pacote de corte de gastos no fim do ano passado.
O buraco é mais embaixo. A promessa de isentar do Imposto de Renda quem ganha até cinco mil reais acendeu um estopim no mercado e aprofundou a desconfiança dos investidores. Sem cortes de gastos sérios, a conta simplesmente não fecha. O resultado? Instabilidade econômica, incerteza para o agronegócio e um governo que agora corre contra o tempo para tapar os buracos de sua própria ineficiência.
E o Plano Safra, tão essencial para o agronegócio, pode acabar pagando o pato. Bancos que operam as linhas de crédito estão suspendendo os financiamentos devido à falta de repasses do governo. Pequenos e médios produtores, que dependem desse suporte para manter a produção, são os mais prejudicados. Enquanto isso, o Palácio do Planalto segue com o discurso de que “tudo será resolvido”. Será mesmo?
A situação expõe a falta de planejamento e responsabilidade fiscal da atual gestão. O Congresso, por sua vez, também tem sua parcela de culpa, já que a aprovação do Orçamento virou moeda de troca para barganhas políticas. Mas nada disso apaga a realidade: um governo que insiste em expandir gastos sem apresentar soluções concretas para equilibrar as contas públicas.
Agora, o setor produtivo segura a respiração e espera que, entre promessas e improvisos, alguma solução seja encontrada antes que os prejuízos se tornem irreversíveis. Mas fica a pergunta: até quando a irresponsabilidade fiscal será tratada com tanta leviandade?