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PT aciona PGR e Conselho de Ética contra Eduardo Bolsonaro por “quebra de decoro” e “crimes nos EUA”
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A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada Gleisi Hoffmann, juntamente com o líder do partido na Câmara, Lindbergh Farias, protocolaram na última quinta-feira (27) representações contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no Conselho de Ética da Câmara e na Procuradoria Geral da República (PGR). Gleisi solicita que o colegiado inicie um processo contra Eduardo por quebra de decoro parlamentar, enquanto Lindbergh pede ao Ministério Público uma investigação sobre supostos crimes que ele teria cometido contra instituições brasileiras em território americano.
Na representação, Lindbergh argumenta que Eduardo Bolsonaro estaria “desconectado da realidade” e “incitando retaliações” contra o Brasil e contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A polêmica ganhou força depois que a Comissão de Justiça da Câmara dos EUA aprovou um projeto de lei que propõe barrar a entrada de autoridades estrangeiras que violem direitos garantidos pela 1ª Emenda da Constituição americana. Conforme Lindbergh, Eduardo colaborou com congressistas norte-americanos para essa aprovação e lembrou que pediu a apreensão do passaporte do deputado.
Lindbergh disse que as ações de Eduardo representam uma “tentativa de constranger” tanto um integrante dos Poderes da República quanto o próprio Poder Judiciário, que pode avaliar processos envolvendo seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, e sua esfera política. Já no Conselho de Ética, Gleisi alega que a conduta de Eduardo Bolsonaro é contrária à essência do poder democrático e pluralista que ele deveria defender enquanto parlamentar no Congresso.
O Conselho de Ética ainda irá deliberar sobre a aceitação da representação. Caso proceda, Eduardo pode enfrentar punições que vão desde uma suspensão até a perda de seu mandato parlamentar.