Internacional
Petroleiro e cargueiro de bandeira portuguesa colidem no Mar do Norte
Um petroleiro e um navio de carga colidiram ao largo da costa britânica, perto de Hull, provocando incêndios em ambas as embarcações. Foi levada a cabo uma grande operação de salvamento

Um petroleiro e um navio de carga colidiram no Mar do Norte, ao largo da costa do Reino Unido, na segunda-feira, desencadeando uma missão de salvamento.
O cargueiro foi entretanto identificado como um navio português registado na Madeira, que navegava sob o nome de Solong. Segundo a BBC, dirigia-se para Roterdão, nos Países Baixos, proveniente do porto escocês de Grangemouth, no momento em que, ao que tudo indica, acabaria por colidir com o petroleiro.
De acordo com a informação que está a ser avançada por vários meios de comunicação internacionais, com base na ferramenta de localização de navios Vesselfinder, a segunda embarcação trata-se de um navio-tanque de transporte de produtos petrolíferos, de bandeira norte-americana – intitulado MV Stena Immaculate – que estaria ancorado no momento da ocorrência, depois de ter chegado da Grécia.
Citada pela BBC, a Royal National Lifeboat Institution (RNLI), que esteve no local para dar resposta à emergência, informou que se registaram “incêndios em ambos os navios” na sequência da colisão, obrigando a que várias pessoas tivessem de abandonar as embarcações.
Graham Stuart, deputado britânico eleito pela região de Beverley e Holderness, informou entretanto que um total 37 pessoas foram retiradas de ambas as embarcações, sendo que “36 marinheiros de ambas as tripulações estão a salvo” e outro foi hospitalizado, não havendo desaparecidos. A principal preocupação prende-se, agora, com o “potencial impacto ecológico” do incidente.
Anteriormente, à BBC, o diretor-executivo da empresa Stena Bulk, Erik Hanell, tinha já reportado que toda a tripulação do petroleiro MV Stena Immaculate – mais de 20 pessoas – tinha já sido contabilizada e estava em segurança. Acrescentou, além disso, que era ainda demasiado cedo para especular sobre a causa do incidente.
À Reuters, duas fontes de segurança marítima afirmaram não existir indícios que apontassem para a existência de intenções maliciosas na base da ocorrência.
As autoridades britânicas enviaram botes salva-vidas e embarcações de combate a incêndios para o local, a cerca de 10 milhas náuticas da cidade de Hull e aproximadamente a 250 quilómetros a norte de Londres, segundo a imprensa britânica.
“A Guarda Costeira está atualmente a coordenar a resposta de emergência aos relatos de uma colisão entre um navio-tanque e um navio de carga ao largo da costa de East Yorkshire”, afirmou um porta-voz da guarda costeira, logo após ser conhecido o incidente.
“Foi encaminhado um helicóptero de salvamento da guarda costeira de Humberside, juntamente com barcos salva-vidas de Skegness, Bridlington, Maplethorpe e Cleethorpes, um avião de asa fixa da guarda costeira e navios próximos com capacidade de combate a incêndios”, acrescentou o comunicado.
A Agência Marítima e da Guarda Costeira informou ainda que o alerta para a ocorrência foi dado às 9h48 locais (equivalente ao horário de Portugal continental).
A Organização Marítima Internacional, agência das Nações Unidas para o transporte marítimo, esteve a monitorizar a situação, que teve lugar numa zona com bastante tráfego marítimo.
Já a ministra britânica dos Transportes, Heidi Alexander, revelou estar “preocupada com a notícia da colisão” e permanecer “em contacto com as autoridades e com a Guarda Costeira à medida que a situação evolui”.