Sedap debate o protagonismo das mulheres na agropecuária e o combate à violência

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento da Agropecuária e Pesca (Sedap-PB), promoveu na manhã desta quinta-feira, dia 13, na sala de reuniões da pasta no Centro Administrativo do Estado, em João Pessoa, um encontro para discutir o protagonismo das mulheres na agropecuária e na pesca e apresentar ações visando combater todos os tipos de violências contra as mulheres.

O evento, que fez parte da programação alusiva ao Dia Internacional da Mulher, contou com a presença de Camila Mariz, esposa do governador em exercício Lucas Ribeiro e coordenadora estadual do programa “Antes que Aconteça”, e também reforçou a necessidade de se ampliar a presença feminina no segmento. 

O encontro foi aberto pelo secretário de Estado de Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca, Joaquim Hugo, que reafirmou o compromisso em apoiar iniciativas voltadas à participação da mulher numa área onde o homem costuma ter maior protagonismo. “A Sedap é um espaço que estará sempre aberto às mulheres. É importante que a agropecuária tenha, cada vez mais, maior participação das mulheres. Esse é um dia muito especial para a Sedap”, frisou.

O secretário Joaquim Hugo defendeu que o setor agropecuário contrate mais mulheres. Ele apontou que existem muitos espaços a serem ocupados pelas mulheres no segmento. “Eu tenho defendido que as propriedades agropecuárias contratem mais mulheres. Têm muitas funções que elas podem desempenhar e contribuir para o desenvolvimento do setor, gerando emprego e renda para as famílias, contribuindo para fixar as famílias na área rural”, enfatizou.

Joaquim Hugo também lembrou que este ano a Sedap realizará cerca de 50 eventos como feiras agropecuárias em toda Paraíba e que essas ações contarão com os espaços do programa “Mulheres no Agro”, que tem como objetivo estimular, inserir e capacitar a participação feminina no agronegócio. 

Programa “Antes que Aconteça”  – Durante o encontro, a advogada Camila Mariz, esposa do governador em exercício Lucas Ribeiro, e coordenadora estadual do programa “Antes que Aconteça”, apresentou, a convite do secretário Joaquim Hugo, a iniciativa criada pela senadora paraibana Daniella Ribeiro. Ela lembrou que “Antes que Aconteça” tem por objetivo atuar em várias frentes no combate da violência contra a mulher, inclusive, na agropecuária. 

“O combate à violência contra a mulher não pode ser só em março, precisa ser constante, ocupar espaços como este para colocar a nossa voz. É fundamental ter espaços como o aberto pela Sedap”, ressaltou Camila Mariz. Ela explicou que o “Antes que Aconteça” atua na prevenção e na mobilização da sociedade para impedir que a mulher seja vítima da violência. 

Camila Mariz lembrou que “a violência é um ciclo que precisa ser quebrado e que, para isto acontecer, o programa conta com ações como palestras, capacitações e linhas de crédito para as mulheres”. Ela acrescentou que o “Antes que Aconteça” também ofertará cursos de defesa pessoal e prevê o monitoramento do agressor. “A violência acontece no espaço do silêncio. A gente quer que a mulher rompa com esse silêncio. Para isto, ela precisa de uma rede de proteção”, disse. 

A coordenadora estadual do “Antes que Aconteça” completou dizendo que uma das iniciativas do programa é a criação das chamadas Salas Lilás. Camila Mariz apontou que a Paraíba ganhará 49 unidades de acolhimento à mulher, sendo que a primeira deverá ser entregue já no próximo mês de abril, em João Pessoa.

Inclusão – Uma das participantes do encontro, Joceline de Lima, presidente do Centro de Mulheres Vida e Esperança, do município de Bayeux, que atende 190 mulheres vítimas de violência, ressaltou a importância de programas como o “Antes que Aconteça”. Ela contou a própria experiência de violência doméstica e enfatizou o quanto ter uma rede de apoio é fundamental. “Eu talvez não estivesse aqui se não fosse a rede de apoio que tive. Programas como este, a Lei Maria da Penha, os centros de apoio, funcionam e são fundamentais para mulheres em situação de violência”, contou. 

Outra participante do encontro, a presidente da Central de Cooperativas Solidárias (Unisol) e representante da Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária da Paraíba (Empaer-PB), Vitoria Vitor, relatou que programas como o “Mulheres no Agro”, da Sedap, propiciam caminhos de inclusão para as mulheres. “São várias as experiências em toda a Paraíba que valorizam a mulher e possibilitam uma maior participação social. São espaços que dão vez e voz as mulheres”, afirmou, lembrando que a Unisol atende, atualmente, cerca de 3,5 mil famílias na Paraíba.

Já a assessora de Gestão Social da Sedap, Márcia Dornellas, lembrou o compromisso com a continuidade de iniciativas voltadas à inclusão das mulheres como protagonistas na agropecuária. “A gente precisa reconstruir o papel e a importância das mulheres na nossa sociedade. Hoje temos espaços como esse onde a mulher tem voz, é protagonista. Esses espaços precisam ser ocupados e defendidos”, afirmou.

Durante o evento, o secretário Joaquim Hugo recebeu uma homenagem das lideranças mulheres, uma placa em reconhecimento ao trabalho realizado visando a inclusão das mulheres no setor da agropecuária e da pesca, como a criação do programa “Mulheres no Agro”. 

O encontro na Sedap contou com a participação de dirigentes de sindicatos e associações de agricultores, representantes de secretarias municipais de agricultura, entidades como Federação dos Trabalhadores na Agricultura da Paraíba (Fetag-PB), e organismo com a Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária da Paraíba (Empaer-PB).