Esporte
Título do Nordeste do Campinense completa 12 anos em meio a normalização do fracasso

O dia 17 de março de 2013 ficará para sempre na memória dos torcedores do Campinense, pois foi neste dia que o rubro-negro venceu o ASA por 2 a 0 no estádio Amigão, em Campina Grande, e conquistou a Copa do Nordeste, maior título da história centenária do clube.
Naquele dia, a Raposa, que já havia vencido em Arapiraca por 2 a 1, com Jefferson Maranhense e Ricardo Maranhão marcando os dois gols, levava a Orelhuda, como é conhecida a taça do Nordestão, pela primeira e única vez para a Paraíba. No entanto, doze anos depois, a situação da Raposa não é digna de qualquer tipo de comemoração.
Com sua maior glória parecendo apenas uma memória distante, o time da Bela Vista está de férias e sem calendário desde o dia 22 de fevereiro, quando foi disputada a última rodada da primeira fase do Campeonato Paraibano. Pelo terceiro ano consecutivo o Campinense não consegue sequer chegar às fases finais do seu estadual.
A situação ainda fica pior pois, vinte e três dias depois de encerrar a temporada – situação que vai se repetir cedo em 2026, quando também não tem outras competições além do Paraibano para disputar -, nenhum dirigente, seja o presidente Flávio Torreão ou qualquer outro representante do clube, se pronunciou sobre o fracasso.
Mesmo com o planejamento para o ano que vem já iniciado, com a renovação de contrato de cinco jogadores (o zagueiro Anderson Júnior, os volantes Cleilton e Pedro Júnior, e os atacantes Michel Potiguar e Jô Santos), ninguém falou a respeito da campanha ruim do último estadual ou em que estágio se encontra a instituição Campinense Clube.
Além do título da Copa do Nordeste, a Raposa, clube com 110 anos desde sua fundação e 22 troféus de campeão do Campeonato Paraibano, o silêncio parece ser a normalização de um time que não consegue sequer chegar nas semifinais do estadual e que tem menos de três meses de atividade em uma temporada há três anos.
A falta de transparência e diálogo com o torcedor rubro-negro traz uma situação preocupante para uma instituição que, doze anos atrás, comemorava o maior momento de sua história, e agora não consegue vislumbrar claramente o futuro que virá pela frente nem em um curto/médio prazo.
Vozdatorcida