Segurança Pública
Militares estão inquietos e reclamam de percentual de reajuste que “sequer cobre a inflação”
Análise por IA atesta indignação e que Militares consideram reajuste salarial insuficiente diante das perdas acumuladas nos últimos anos

A recente Medida Provisória do governo federal, que prevê um reajuste salarial de 9% para as Forças Armadas, parcelado em duas etapas a partir de abril de 2025, gerou uma onda de indignação e preocupação entre militares. A percepção majoritária da tropa, expressa nas redes sociais, é que o aumento não atende às necessidades acumuladas ao longo dos últimos anos, agravando ainda mais a situação financeira já precária dos cabos, sargentos, militares reformados e pensionistas.
Um dos seguidores da Revista Sociedade Militar, identificado como @isaac_rita, destacou que o reajuste parcelado “sequer cobre o último ano de inflação”, apontando uma defasagem salarial crônica enfrentada pela classe. Para muitos, o sentimento é de desânimo, como ressalta o usuário @claudianw_gomes: “Reajuste só deu pra cobrir a compra do café.”
Análise realizada por inteligência artificial apurou sentimento majoritário de indignação

Análise de Sentimento e Percepções dos Comentários (Íntegra da análise feita por IA):
1. Sentimento majoritário em relação ao reajuste salarial: O sentimento predominante é de insatisfação e frustração em relação ao reajuste de 9%, parcelado. Os militares expressam que o valor não compensa as perdas acumuladas com a inflação dos últimos anos. Comentários exemplificativos:
- “Reajuste só deu p cobrir a compra do café” – @claudianw_gomes
- “Uma vergonha… depois de mais de 5 anos sem reajuste, a parcela dada sequer cobre o último ano de inflação” – @isaac_rita
2. Condição financeira atual das patentes mais baixas (cabos, sargentos, reformados e pensionistas): A percepção geral é extremamente negativa. Muitos comentários apontam para uma condição financeira crítica e insuficiente para as necessidades básicas.
- “Militares está entrando em colapso” – @renatomoreno01
- “Eu Marisa Cavalcanti, pensionista do Exército, após 8 anos, terei 200 conto de aumento… É pra rir ou chorar?!” – @marisacavalcanti75
- “Temos que ter dedicação exclusiva e o reajuste não cobre nem os aumentos básicos da cesta e combustível” – @dr.josethiers
3. Principais críticas à atuação dos generais e oficiais superiores: Os comentários enfatizam que oficiais generais e altos escalões são privilegiados e desinteressados pela situação financeira da base da tropa, especialmente praças e reformados.
- “Os OFICIAIS GENERAIS não querem saber se o Cabo, o 3S ou o SO/ST tem dinheiro para pagar aluguel, comer ou ir ao médico” – @fernandoperezcardiologia
- “Esse reajuste só escancara uma verdade que não enxergávamos: oficiais generais nunca se preocuparam com o restante da tropa” – @markosdacunha
- “Bolsonaro concedeu apenas aos generais supersalários e esqueceu do resto” – @helder.silva84
Reajuste insuficiente após anos de perdas
Alguns militares ao comentar no perfil no Instagram da RSM mencionam que nos anos 90 o salário de um terceiro sargento seria o equivalente a quase 8 salários mínimos. “Como o mundo dá voltas! Em 1996, o salário mínimo era de 119 reais e o salário de um sargento recém formado era 800 reais. Hj, o salário mínimo é de 1500 reais e um salário de um sargento recém formado é de mais ou menos de 5000”
A situação financeira das patentes mais baixas é interpretada como preocupante, com militares e pensionistas como M. Cavalcanti, pensionista do Exército, ironizando a gravidade do reajuste recebido: “Após 8 anos, terei 200 conto de aumento de soldo. É pra rir ou pra chorar?! Não temos o que comemorar!”. O relato reforça a precariedade enfrentada diariamente pela tropa.
Outro ponto crítico apontado pelos militares é a postura dos generais e oficiais superiores. A indignação dos seguidores é evidente, como relata @fernandoperezcardiologia, enfatizando que os oficiais superiores vivem uma realidade completamente distinta e privilegiada, enquanto a base sofre: “Os OFICIAIS GENERAIS não querem saber se o Cabo, o 3S ou o SO/ST tem dinheiro para pagar aluguel, comer, ir ao médico”.
Favorecimento para membros das cúpulas
Comentários ressaltam ainda que os últimos reajustes favoreceram apenas generais. almirantes e brigadeiros, além de oficiais superiores das três forças, deixando os militares de baixa patente desassistidos. Segundo @markosdacunha, o reajuste atual apenas “escancara uma verdade que não enxergávamos: os oficiais generais nunca se preocuparam com o restante da tropa.”
Diante desse quadro, a inquietação dos militares permanece. A sensação predominante é de abandono institucional, perda de poder aquisitivo acumulado e uma crescente desmotivação em relação à carreira militar. Se não houver mudanças estruturais que revertam esse quadro, o futuro financeiro da base das Forças Armadas pode continuar comprometido.’