Saúde
Dor lombar? Meditação e terapia cognitivo-comportamental são melhores que opioides

Terapias comportamentais
A lista de tratamentos ofertados para dor lombar parece infinita, já que é um mercado crescente – algumas estimativas dão conta de que 25% da população sofre dessa dor cronicamente. O problema é que poucos desses tratamentos oferecem alívio para essa dor persistente e principal causa de incapacidade globalmente.
De fato, mais de 80% dos pacientes com dor lombar crônica afirmam que gostariam que houvesse opções melhores de tratamento. E, sem alívio suficiente para a dor, muitos deles precisam tomar opioides, analgésicos altamente viciantes.
Outro estudo recente mostrou que também o Qigong diminui significativamente a dor lombar crônica.
A boa notícia é que cientistas acabam de confirmar que uma terapia que vem apresentando excelentes resultados ao longo dos anos de fato funciona – e funciona de modo duradouro.
Aleksandra Zgierska e colegas das universidades da Pensilvânia e Wisconsin-Madison (EUA) descobriram que oito semanas de treinamento em meditação da mente alerta ou terapia cognitivo-comportamental (TCC) produzem melhorias significativas entre adultos com dor lombar crônica que atualmente são tratados com opioides e não responderam a tratamentos anteriores.
As duas terapias comportamentais ajudaram a melhorar a função física e a qualidade de vida e reduziram a dor e a dose de opioides em um ensaio clínico randomizado. Melhor ainda, o treinamento de oito semanas (2 meses) gerou benefícios que persistiram por até 12 meses.
Este é o maior estudo até o momento comparando atenção plena com TCC como tratamentos para dor crônica já tratada com opioides, e a equipe de pesquisa acompanhou os participantes por um período de tempo mais longo do que muitos estudos anteriores de atenção plena.
“Tanto a atenção plena quanto a terapia cognitivo-comportamental demonstraram serem tratamentos seguros e eficazes, proporcionando benefícios duradouros para pessoas com dor lombar crônica tratada com opioides,” disse Zgierska. “Essas terapias comportamentais baseadas em evidências devem ser o padrão de tratamento disponível para nossos pacientes.”