Tanque M3 Lee em praça de São Gonçalo atrai a atenção: mas, definitivamente, poucos sabem o que significa e para que serviu

Na praça dos ex-combatentes, no bairro do Patronato, São Gonçalo, cidade na região metropolitana do Rio de Janeiro, há diversos equipamentos militares utilizados na Segunda Guerra Mundial. Apesar de atraírem a atenção das crianças, no lugar – frequentado por muitos jovens – os objetos são vistos apenas como uma espécie de decoração e não como lembranças e homenagens aos mais de 25 mil homens e mulheres que – arriscando as próprias vidas – voluntariamente os operaram de forma destemida, com o objetivo de combater o nazifascismo na do outro lado do oceano Atlântico.

A praça, inaugurada em outubro de 1970, muito recentemente se tornou conhecida não exatamente por conta do tanque de guerra e alguns armamentos ali expostos, como minas e morteiros, e o lugar que isso tudo ocupa na história do país, mas por conta da disputa de rappers que ocorre vez por outra no local, batizada de batalha do tanque.

O blindado que se encontra em exposição na praça aparentemente se trata de uma variante do Tanque M3 Lee. Por conta das portas laterais sem dobradiças e soldadas, indica que seria um tanque M3A3 Lee, dos quais foram construídos somente 320 unidades, que – movido a diesel – normalmente era armado com dois canhões, um de 75mm e outro de 37 mm, que estão instalados no modelo, além de várias metralhadoras Browning .30.

Na praça fica também a sede da Associação dos Ex-combatentes em São Gonçalo, em estado lastimável de conservação. O local mesmo em situação precária, completamente pichado, atualmente é usado pela comunidade, servindo de espaço para chás de bebê e festas de aniversário.