CIDADE
Santa Rita: Comunidades rurais se revoltam e cobram Justiça do MP — “Chega de esperar!”
Representantes de Santa Rita exigem solução para estrada da Ponte do Futuro e regularização de terras no Sítio Utinga

A terça-feira foi de luta e cobrança firme na sala de reunião do Procurador da República, Dr. Godoy. Lideranças comunitárias de Santa Rita, representantes de movimentos sociais e sindicatos chegaram juntos, com o pé no chão e o coração cheio de esperança, pra exigir o que é de direito: estrada digna e terra com documento.
Participaram da reunião:
- Manuel da Silva Costa, pelo Sítio Utinga;
- Luís Costa, da Fepamoc;
- Luis Cândido de Lima, da ODE;
- Gilvan Castro, da Aprafam;
- Nilton Claudino, Erivan Pereira da Silva e Severino José, da USAC;
- Severino Toscano, da comunidade Canaã (usina Santa Rita);
- E Edilson Ribeiro Nunes, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santa Rita-PB.
Dois assuntos dominaram a conversa:
- A precariedade da via rodoviária que leva até a chamada “Ponte do Futuro” – obra prometida há anos e que hoje, mais parece símbolo do abandono.
- A regularização fundiária do Sítio Utinga, onde famílias vivem há décadas sem garantia legal sobre as terras que cultivam.
A estrada, que deveria conectar comunidades e levar progresso, segue esquecida. Para os moradores, o trecho é mais dor de cabeça do que solução. “É lama no inverno, poeira no verão e risco o tempo todo. O nome é bonito: Ponte do Futuro, mas pra nós virou o caminho do sofrimento”, desabafou um dos representantes ao sair da reunião.
Já sobre a terra, a cobrança foi direta: o povo quer segurança. Quer documento que prove o que já é de direito. “Vivemos ali há muitos anos, cuidamos da terra como nossa. Agora queremos que a lei também diga que ela é nossa”, afirmou outro presente.
O Procurador Dr. Godoy ouviu cada palavra com atenção, fez anotações e se comprometeu a encaminhar os pontos tratados aos órgãos competentes. Agora, a expectativa é por ações concretas, porque o povo tá cansado de promessa bonita que não vira realidade.
Pra quem vive do lado esquecido do mapa, reunião como essa não é luxo – é resistência. E quando o sertanejo se junta, não é pra fazer barulho à toa. É pra exigir respeito. Como bem disse um dos representantes: “Já andamos demais sem sair do canto. Agora é hora de caminhar com dignidade.”