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Senador Rogério Marinho enfrenta Acolumbre e rebate Barroso

O senador Rogério Marinho, em um discurso no Senado, fez críticas ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, acusando-o de envolvimento em diversos escândalos de corrupção. Ele comparou o atual governo ao de Jair Bolsonaro, destacando a gravidade das denúncias, mas ressaltando que, apesar da frequência dessas acusações, as autoridades responsáveis ainda não tomaram as providências. Marinho afirmou que ações como o desvio de merenda escolar e o abuso contra idosos são inaceitáveis e exigem uma resposta imediata das instituições.
Durante sua fala, o senador expressou descontentamento com o comportamento do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que impediu que os senadores da oposição fizessem apartes durante o pronunciamento. Marinho lamentou essa limitação ao debate, considerando-a um obstáculo à democracia e ao funcionamento adequado do Senado, que, segundo ele, deveria ser um espaço aberto para discussões entre todos os setores da sociedade. Para Marinho, essa restrição enfraquece a representatividade da Casa Legislativa e impede que as questões mais relevantes para a população sejam debatidas de forma ampla e transparente.
O senador também criticou a estreita relação entre o PT e o Supremo Tribunal Federal (STF), argumentando que o Judiciário, ao se alinhar com o governo, desconsidera as necessidades do povo brasileiro e se afastado de seu papel de guardião da Constituição. Segundo ele, o Congresso deveria ser a verdadeira voz da população, mas o que se observa atualmente é um vácuo de liderança no país, agravado pela falta de ação efetiva do governo diante da crise econômica. Marinho sugeriu que, em vez de focar nas divisões políticas e na perseguição aos opositores, o governo deveria priorizar a resolução dos problemas econômicos que afligem os brasileiros.
Além disso, Marinho fez críticas ao comportamento do Judiciário, especialmente do STF, apontando ser inconcebível que membros da Corte, como o presidente do Supremo, se posicionem publicamente sobre casos ainda em julgamento. Ele argumentou que isso compromete a imparcialidade do Judiciário e ameaça a estabilidade da democracia no país, pois prejudica a confiança nas decisões da Justiça e cria insegurança jurídica.
O senador também criticou o ministro Luís Roberto Barroso, alegando que suas declarações públicas sobre a derrota do “bolsonarismo” e seus comportamentos inadequados, como o uso de expressões pejorativas em relação a cidadãos, são inapropriados para um membro do STF. Marinho afirmou que atitudes desse tipo demonstram um afastamento do Judiciário de sua função principal, que deveria ser garantir o equilíbrio entre os Poderes e respeitar as prerrogativas do Congresso.
Ao concluir, Marinho enfatizou que o país atravessa uma crise não somente econômica, mas também moral e política, e que a recuperação do Brasil depende de uma mudança urgente na forma como os Poderes se relacionam. Ele destacou a importância de restabelecer o respeito pela Constituição e pelas instituições democráticas, buscando um novo rumo para o país, que passe pela superação das divisões internas e pela atuação efetiva dos representantes do povo.