Nacional
PDT puxa o freio e sai da sela do governo Lula: “Não é pirraça, é vergonha na cara”, diz Heringer

Por Roberto Tomé
O clima esquentou que nem fogo em palha seca lá pros lados de Brasília. O líder do PDT na Câmara, o mineiro Mário Heringer, resolveu que não vai mais ficar empurrando com a barriga as decepções que o partido vem engolindo calado. Nessa terça-feira (6), ele arreganhou os dentes e anunciou, sem pestanejar, que o PDT tá se apartando da base do governo Lula. Disse com todas as letras: “Estamos nos colocando em independência”. Eita, que o couro vai cantar!
A declaração veio quatro dias depois do ex-ministro Carlos Lupi pedir o boné e sair do Ministério da Previdência, no rastro de uma lambança arretada envolvendo fraudes milionárias no INSS. Só aí, meu fi, já dava pra desconfiar que o angu tava desandando. Mas segundo Heringer, o PDT já vinha sendo destratado fazia tempo. O caso do INSS foi só o último empurrão na ladeira.
Durante uma reunião braba lá na casa do próprio Heringer – com Lupi presente e tudo –, o partido botou os pingos nos “i”. Foi nessa prosa que decidiram soltar as rédeas e dizer: “chega, moço!”. E ainda deixaram claro que topam assinar a CPI pra investigar o rombo do INSS, mas com uma condição do tamanho de um boi zebu: a investigação tem que pegar o rabo de todo mundo desde 2019, inclusive os “cabras de gravata” do governo passado, citados no inquérito. E que a Polícia Federal meta o bedelho e vasculhe tudim. Queima o facho!
“O relacionamento com o governo já tava por um triz faz é tempo”, disse o líder. “Essa do INSS foi só o pingo de água que faltava pro copo transbordar.”
Tradução pro sertanejo: o balde já tava cheio de lombriga, só faltava o reboco cair.
Mesmo largando o osso do governo, o PDT não quer saber de se misturar com os extremistas. Heringer disse que o partido não vai ser oposição por birra, mas também não vai mais abaixar a cabeça pra governo nenhum. O recado foi seco e direto: “Vamos agir do nosso jeito, pensando no Brasil e nos estados. Se for bom, vota. Se não for, bota o pé no freio.”
Ele ainda disse que o governo Lula não tem dado o respeito e a consideração que o PDT merece. E mais: “Não estamos trocando benesses por cargo, não. Isso é coisa de quem se vende fácil. Aqui o couro é grosso e a espinha é ereta.”
No mais, Heringer ainda jogou no terreiro a ideia de que o Brasil tá doente dessa polarização besta entre Lula e Bolsonaro. “A gente quer ser caminho novo. Tem eleição em 2026, e o povo vai querer novidade.” Ôpa, será que vem cavalo novo na pista?
Gleisi solta nota, mas parece que o governo tá mais calado do que surdo em missa
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, mandou uma notinha pela assessoria, dizendo que respeita a decisão do PDT e que o diálogo segue aberto. A petista, porém, não se aprofundou muito não — só disse que espera continuar contando com o partido nas matérias de interesse nacional. Foi mais tentativa de conter a sangria do que solução de problema.
ANÁLISE DO PORTAL INFORMA PARAÍBA: O GOVERNO TÁ SE PERDENDO, E O POVO TÁ FICANDO SÓ COM A BROCA
Agora, vamos cortar no osso.
Essa saída do PDT não é só uma crise entre partido e governo, é o retrato de um Planalto perdido no meio do caminho. Lula, que prometeu diálogo, união, reconstrução e respeito, tá cada vez mais cercado de escânalos, lambanças administrativas e gente que manda e desmanda sem dar satisfação a ninguém.
O povo tá vendo isso tudo, e não é cego. Enquanto o INSS vira palco de maracutaia, o povo lá do sertão, da periferia, da roça, fica sem atendimento, sem aposentadoria, sem respeito. E o governo faz de conta que tá tudo normal, oferecendo migalha como se fosse banquete.
O PDT, mesmo com seus defeitos e idas e vindas, teve coragem de dizer “basta!”. E isso mostra que tem gente que ainda prefere caminhar com honra do que lamber a sola do poder por cargo e migalha.
Se Lula não abrir o olho e parar de tapar o sol com a peneira, vai perder não só o apoio dos partidos, mas também o respeito do povo nordestino, que foi quem botou ele lá com esperança no coração e o voto sofrido nas mãos calejadas. O governo tá ficando igual burro velho: teimoso, cego, e sem rumo. E quem paga é o povo da enxada, do roçado, da luta diária.
O Brasil não aguenta mais tanto faz de conta, tanta política de bastidor e tanto desprezo pelo povo que bota comida na mesa com o suor da roça. Ou muda, ou vai ser atropelado pela verdade.
E o sertanejo, pode ter certeza: não esquece e não perdoa traição.
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