CONCURSO E EMPREGO
Redução da jornada de trabalho ganha fôlego, mas precisa mais que coragem: precisa juízo e conta na ponta do lápis

Por Portal Informa Paraíba
O assunto voltou a pipocar nas rodas de conversa, nos sindicatos, nos gabinetes e nos grupos de zap: a ideia de reduzir a jornada de trabalho no Brasil tá de volta ao centro das atenções. Dessa vez, a proposta tem cara, voz e força — veio direto do governo federal e já conta com apoio declarado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Quem tá pilotando o trem dessa discussão é a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que prometeu escutar todos os lados da história antes de bater o martelo.
“Vai ter diálogo com todos os setores”, garantiu ela, dizendo que não vai faltar espaço pra patrão, empregado, empresário, sindicalista, pequeno comerciante e todo mundo que for afetado por essa mexida no relógio da labuta. As centrais sindicais tão que só faltam soltar foguete: veem na proposta uma chance de ouro pra melhorar a vida de quem sua a camisa todo santo dia. Já a Câmara dos Deputados avisou que vai ouvir as partes envolvidas, mas não vai engolir a conversa sem antes mastigar com calma.
📉 Reduzir a jornada: sonho ou perigo travestido de alívio?
A ideia pode até parecer bonita, cheirosa e com jeito de justiça social, mas tem um bicho escondido nessa mata: o impacto econômico. Economistas e empresários tão de orelha em pé. Eles alertam que, se não tiver cálculo, planejamento e compensação, essa mudança pode virar um tiro no pé.
Imagine só: se a jornada de trabalho cai, mas o salário tem que continuar igual — ou até aumentar —, quem vai bancar esse custo a mais? As grandes empresas podem até dar um jeito, mas e o pequeno negócio, aquele mercadinho do bairro, a padaria da esquina, a oficina do seu João? Vai aguentar o tranco? Ou vai fechar as portas, demitir gente e deixar mais família sem renda?
🎯 Justiça laboral sim, mas com responsabilidade
O povo nordestino, que rala dobrado de sol a sol, conhece bem a diferença entre promessa e realidade. Já viu de perto ideia bonita se perder no caminho por falta de juízo. Reduzir a jornada de trabalho é um desejo justo — ninguém quer viver pra trabalhar e morrer cansado. Mas querer não basta. É preciso saber como fazer sem arrombar a economia nem quebrar a espinha das empresas.
É por isso que especialistas defendem equilíbrio. Não dá pra legislar só com coração mole e boa intenção. É preciso botar o pé no chão, fazer conta, escutar técnicos, estudar experiências de outros países e, principalmente, entender a realidade do Brasil, onde boa parte dos trabalhadores ainda tá na informalidade ou sem nenhuma garantia.
🔍 E o serviço público?
Outro ponto que precisa entrar no papo é o funcionalismo público. Vai ter redução pra eles também? Como ficam os atendimentos nas escolas, nos postos de saúde, nas repartições? A máquina pública precisa funcionar, e mexer na engrenagem sem planejamento pode travar tudo de vez.
Os finalmente do Portal Informa Paraíba:
✅ Reduzir a jornada é justo, é humano e é necessário — mas só se vier com responsabilidade e planejamento.
✅ O povo quer mais tempo pra viver, pra cuidar da família, pra estudar, pra sonhar. Mas não quer pagar o preço com desemprego ou inflação.
✅ O governo tem o dever de ouvir, sim. Mas, mais que ouvir, tem que decidir com base em estudo, em técnica e com os pés fincados na realidade do povo.
✅ Que essa discussão não vire só discurso de palanque ou promessa de campanha. Que ela se traduza em ação concreta, que respeite quem trabalha e sustente quem emprega.
Porque no sertão, a gente aprendeu que promessa sem ação é igual chuva de vento: só levanta poeira e deixa o chão mais seco.
E você, o que acha? Bora continuar essa conversa, do jeito que só o povo nordestino sabe: com sabedoria, coragem e muita verdade.