ECONOMIA
Banco do Nordeste leva crédito a 32 aldeias indígenas na Paraíba

Uma equipe do Banco do Nordeste (BNB) destacou linhas de crédito voltadas à agroecologia e à agricultura familiar sustentável, em reunião com lideranças potiguaras, no início de maio. As oportunidades de financiamento foram implementadas na aldeia Brejinho, no município de Marcação, para o Conselho de Lideranças do Povo Potiguara. Os investimentos disponíveis para 32 aldeias dos povos potiguaras, distribuídos em áreas demarcadas nas cidades de Baía da Traição, Rio Tinto e Marcação.
O cacique geral que concordou com o encontro, Sandro Gomes Barbosa, ressaltou a necessidade de que os povos potiguaras possam acessar o crédito para garantir a produtividade de forma integrada à natureza. “As linhas de crédito são uma ferramenta para garantir nossa autonomia. Queremos produzir sem agredir a terra, como nossos ancestrais nos ensinaram. É a união do conhecimento tradicional com oportunidades que respeitam a Mãe Natureza”, destacou.
O gerente de Negócios do BNB, José Roberto Freitas, e o agente de Desenvolvimento do BNB, José Sávio Vieira, destacaram as opções de financiamento para sistemas agroflorestais, produção orgânica e infraestrutura comunitária, com destaque para segurança alimentar e preservação ambiental.
Artesanato e turismo
O território indígena potiguara está localizado na Zona da Mata Norte paraibana. Desde 2024, o Pronaf Grupo A passou a incluir o atendimento a indígenas e quilombolas como públicos sem acesso ao crédito.
Entre as atividades que podem ser financiadas pelo Banco estão artesanato, atividades turísticas, bem como ao público de mulheres e as aplicações rurais com agroindústrias, agroflorestais e extrativismo.
O Banco do Nordeste está cumprindo uma agenda de mutirões, desde o ano passado, com o intuito de divulgar as condições de financiamento e também de regularizações de dívidas
Entre o público indígena, há clientes da linha FNE Rural, considerados de maior porte e que demonstram o potencial de crescimento dos clientes desse segmento.
O agente de Desenvolvimento, José Sávio, ressalta que o território integra o Programa de Desenvolvimento Territorial (Prodeter) Agroecologia, que deve aliar conhecimentos ancestrais, cultura, natureza com autonomia, de forma que a população indígena tenha acesso ao crédito com sustentabilidade social e ambiental.