Judiciário
TRE da Paraíba bota pra frente mutirão e bicho de inteligência artificial pra destravar julgamento de contas de campanha

Roberto Tomé
O Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) resolveu arregaçar as mangas e meter o pé no acelerador pra dar conta do tantão de processo de prestação de contas que tava se embolando por lá, tudo isso vindo de partidos e de candidatos das eleições passadas. O cabaré de papelada tava atrapalhando até o desempenho do tribunal nas metas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e agora o povo lá decidiu agir pra não deixar a coisa emperrar de vez.
Na última reunião que teve com a turma da Corte Eleitoral, ficou acertado de montar uma comissão de servidores casca-grossa, só com gente sabida do assunto, pra ajudar nessa ruma de contas pra julgar. Além disso, foi aprovada a contratação de um sistema de inteligência artificial, um tipo de ferramenta esperta que vai agilizar a checagem e cruzamento dos dados, sem precisar ficar tudo no braço.
“A ordem do presidente foi clara: a gente tem que dar um jeito de melhorar esses indicadores de produtividade e tirar esse monte de processo do atoleiro”, contou André Cabral, que cuida da parte das contas eleitorais e partidárias lá no TRE.
Segundo o secretário judiciário, Marinaldo Júnior, a gestão nova já vinha mexendo no setor pra melhorar as coisas, mas agora com essa força-tarefa e a ajuda da tal inteligência artificial, a expectativa é que até o dia 31 de julho já dê pra ver os frutos nas mãos. “Essa comissão vai ser formada por servidor que entende do riscado, gente de confiança, que conhece os caminhos das pedras”, garantiu ele.
Outro ponto que o tribunal destacou foi a importância do juiz que cuida das metas lá dentro. Antes era o desembargador Oswaldo Trigueiro, e agora é o atual vice-presidente do TRE, Márcio Murilo da Cunha Ramos, que tá tomando de conta da missão. “Com a participação ativa deles, a coisa andou mais ligeira, e o pessoal do setor se sentiu mais orientado sobre onde tava o aperreio”, completou Marinaldo.
O maior nó, segundo o TRE-PB, é que o volume de processo que chega é grande demais da conta e o número de servidor pra dar conta disso é curto. Mas mesmo assim, com as mudanças novas, eles tão acreditando que vão conseguir entregar um julgamento mais rápido, com lisura, responsabilidade e dentro da lei.
A importância desse mutirão é grande demais. Não é só pra dizer que julgou rápido, não. É porque prestar conta direitinho é o que garante que o dinheiro das campanhas — que muitas vezes vem do povo, do fundo partidário — foi usado do jeito certo. Quem deve, paga; quem agiu dentro da lei, segue o caminho limpo.
No sertão e na capital, o que o povo quer ver é justiça sendo feita com verdade, sem empurrar com a barriga. E agora, com servidor arretado e tecnologia ajudando, o TRE da Paraíba tá mostrando que dá sim pra fazer diferente e fazer direito.