ESTADO
Percentual de pessoas que ficaram rigorosamente isoladas cai na PB, em agosto
Embora essa proporção tenha caído, percentual geral de adoção de medidas de restrição permaneceu estável, segundo PNAD COVID19.
Cerca de 97,3% da população paraibana adotou alguma medida de distanciamento social, em agosto, de acordo com a PNAD COVID19, divulgada pelo IBGE, nesta quarta-feira (23). A estatística experimental aponta para flexibilização do isolamento, com 3,9 milhões de habitantes que adotaram alguma medida e 103 mil que não fizeram nenhuma restrição.
Frente a julho, houve queda na proporção de pessoas que ficaram rigorosamente isoladas, que caiu de 26,2% para 22,1%, assim como uma pequena redução na das que ficaram em casa e só saíram por necessidade básica, que passou de 46,3% para 45,4%. Em contrapartida, foi verificado crescimento no percentual daqueles que reduziram contato, mas continuaram saindo de casa ou recebendo visitas, que aumentou de 24,8% para 29,8%, no estado.
Segundo a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira, esse cenário indica flexibilização do isolamento por parte da população. “De alguma forma, as pessoas estão flexibilizando as medidas de isolamento social, uma vez que aumenta o percentual de pessoas que estão tendo medidas menos restritivas e diminui o percentual daquelas que aplicam medidas mais restritivas de isolamento”, explicou.
Em agosto, conforme a estimativa para o estado, 1,19 milhão de pessoas reduziram o contato, mas continuaram saindo de casa ou recebendo visitas; 1,82 milhão ficaram em casa e só saíram para necessidades básicas; e 887 mil ficaram rigorosamente isoladas, representando queda em relação a julho, quando esse número foi de 1,05 milhão.
No comparativo por faixa de rendimento domiciliar per capita, a maior proporção de pessoas que não fizeram restrição em agosto (2,9%) foi constatada entre aquelas em que esse valor é de meio a 1 salário-mínimo, enquanto o menor percentual (2,1%) foi observado no grupo em que o rendimento per capta é menor que meio salário-mínimo.
Já o isolamento rigoroso foi mais comum na faixa de quatro ou mais salários-mínimos, em que 25,4% das pessoas adotaram essa forma de distanciamento, bem como na parcela da população que tem rendimento domiciliar per capita de menos de meio salário-mínimo, em que essa proporção foi de 24,8%.
Apesar de queda, percentual de pessoas que tiveram sintomas de síndromes gripais na PB é o maior do país
A proporção de pessoas que apresentaram algum dos sintomas de síndromes gripais, entre os pesquisados pela PNAD COVID19, tem registrado queda desde o início do levantamento, em maio, e atingiu 8,2% no último mês, que equivale a 330 mil pessoas. Apesar disso, esse foi o maior percentual do país em agosto, ao lado do verificado no Rio Grande do Sul, também de 8,2%.
Na estatística, são considerados os sintomas: febre, tosse, dor de garganta, dificuldade para respirar, dor de cabeça, dor no peito, náusea, nariz entupido ou escorrendo, fadiga, dor nos olhos, perda de cheiro ou de sabor, e dor muscular. A informação é fornecida pelo morador entrevistado e não é necessário diagnóstico confirmado.
Também foi registrada uma leve diminuição na proporção de pessoas que apresentaram sintomas conjugados, que caiu de 1%, em julho, para 0,7%, em agosto, passando de 39 mil pessoas para 28 mil. Esse indicador é formado por aqueles que apresentaram um dos três conjuntos de sintomas: perda de cheiro ou de sabor; tosse, febre e dificuldade para respirar; ou tosse, febre e dor no peito.
Das pessoas que tiveram algum dos 12 sintomas investigados, apenas 19,5% foram a estabelecimento de saúde, o que indica queda, se comparado ao percentual registrado em julho (22,5%). Já entre aqueles que tiveram sintomas conjugados, a procura por atendimento em estabelecimento de saúde foi bem maior (46,5%), mas também inferior à verificada no mês de julho (49,6%).
Conforme a pesquisa, até o mês de agosto, cerca de 9,2% da população paraibana havia feito algum teste para saber se estava infectada pelo novo Coronavírus, o que representa 367 mil pessoas, com aumento frente ao número observado em julho, de 290 mil. A maior participação entre os que fizeram os testes (29,6%) é daqueles que têm rendimento real domiciliar per capita efetivamente recebido de quatro ou mais salários-mínimos, seguida pelos que têm rendimento de dois a menos de quatro salários-mínimos (18,4%), de um a menos de dois salários (13,7%), de meio a menos de um salário (7,7%) e de menos de meio salário-mínimo (5,5%).
Dos testes realizados, 199 mil foram exames de sangue, com amostra coletada por meio de furo no dedo, outros 128 mil também foram de sangue, mas com amostra coletada da veia do braço, e 69 mil foram do tipo SWAB.
Outros gráficos
Fonte: IBGE