ECONOMIA
Vale-gás conta com mudanças no Governo Lula; entenda quais são elas
Beneficiários do Vale-gás temem mudanças no programa este ano, devido à troca de governo. Entenda o que vai acontecer
O programa Vale-gás foi criado em 2021, e hoje conta com seis milhões de beneficiários. No princípio, o valor pago aos participantes era de 50% do preço médio do botijão de 13 kg a cada dois meses, porém, com a PEC dos Benefícios criada por Jair Bolsonaro no ano passado, o valor passou a ser de 100% do botijão de gás de cozinha.
Entretanto, a PEC teria validade apenas até dezembro de 2022, e o valor teria de voltar a ser o mesmo do início do programa. Porém, com o novo governo, os beneficiários temiam o corte do Vale-gás ou alterações no valor.
Mudanças no vale-gás
Lula se manifestou recentemente sobre o programa e aliviou os temores dos participantes, dizendo que o Vale-gás se manterá, sim, em 2023. O presidente ainda anunciou uma novidade: o valor do benefício continuará em 100% do botijão de 13 kg.
Os beneficiários que já recebem o valor não precisam se preocupar, pois não haverá cortes dentro do programa, a não ser que seja provado algum tipo de fraude por parte da família inscrita. Também não será necessária uma nova inscrição.
As regras para receber o vale-gás continuam as mesmas: as famílias devem estar inscritas no Cadastro Único, ter renda per capta de até R$ 606 mensais ou total de três salários mínimos, ou ter entre seus membros alguém que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Entretanto, como não é possível beneficiar todas as famílias dentro destes requisitos, já que o orçamento é limitado, têm prioridade aquelas que estão com o cadastro atualizado, depois as que possuem as menores rendas, em seguida as que recebem o Bolsa Família e, por fim, as que possuem qualificação do gestor.
Número de beneficiários deve aumentar
Quando criado em 2021, o programa pretendia atender cerca de 24 milhões de pessoas, um número muito maior que o de contemplados atualmente. No ano passado, durante a campanha, Lula criticou fortemente o fato de apenas uma parcela pequena deste total receber o benefício.
Devido a isso, espera-se que nos próximos meses o número de beneficiários aumente consideravelmente, e que aos poucos as 18 milhões de pessoas restantes sejam selecionadas para entrada no programa e passem a receber o auxílio.
A prioridade do governo, no entanto, foi manter o valor integral por meio da edição da Medida Provisória.