ESTADO
Governo cria Centro de Referência do Artesanato e fortalece renda renascença no Cariri
Presente nos municípios de Camalaú, São João do Tigre, São Sebastião de Umbuzeiro, Monteiro e Zabelê, a renda renascença conta com o envolvimento de mais de 4 mil artesãos, a maior parte formada por mulheres.
Com as obras em estágio avançado, o Centro de Referência do Artesanato de Monteiro deverá ser entregue em breve às rendeiras do Cariri paraibano. O espaço, uma das ações do Governo do Estado na valorização da renda renascença, representa a concretização de um sonho para mais de 4 mil profissionais da região.
O Centro de Referência do Artesanato, que funcionará em um prédio histórico no Centro de Monteiro, já está sendo totalmente reformado e ambientado, numa parceria entre o Governo do Estado, por meio do Projeto de Desenvolvimento Sustentável do Cariri, Seridó e Curimataú (Procase), a Prefeitura do município e o Sebrae, oferecendo melhores condições de venda e colocando a riqueza cultural da renda renascença em contato direto com os turistas.
Para a presidente de Honra do Programa do Artesanato da Paraíba, Ana Maria Lins, o Centro de Referência do Artesanato trará mais dignidade às rendeiras. “Essas ações do Governo do Estado são uma alternativa real para aumentar a comercialização da renda renascença, fortalecendo o estímulo à sua confecção e, assim, a cultura paraibana”, disse.
A gestora do Programa do Artesanato da Paraíba (PAP), Marielza Rodriguez, destacou a importância do Centro de Referência do Artesanato para a região. “Esse projeto é o maior exemplo de resultado do planejamento compartilhado entre instituições parceiras. A prova de que juntos podemos mais. Vamos deixar esse legado para as gerações futuras”, acrescentou.
A prefeita de Monteiro, Anna Lorena Farias, também destacou a importância do espaço para a região. “O incentivo ao artesanato fomenta a economia do município. Esperamos que este Centro seja referência para todo o Cariri paraibano”, comentou.
Por sua vez, a gerente regional do Sebrae em Monteiro, Madalena Arruda, afirmou que o Centro de Referência do Artesanato será o espaço de preservação da renda renascença. “O Centro será mais que um lugar de comercialização. Será um lugar que vai preservar, refletir e estimular para as novas gerações a história e a cultura da renda renascença no Cariri paraibano”, afirmou.
A concepção do projeto – Com séculos de existência, a tradição da renda renascença estava ameaçada no Cariri paraibano. Faltavam estímulos, como cursos de qualificação, chamando a atenção para a importância da tipologia como patrimônio cultural e geração de renda, e políticas públicas que oferecessem melhores condições de comercialização da tipologia.
A chegada do Centro de Referência do Artesanato, ao lado de uma série de ações adotadas pelo Governo do Estado, concretiza um dos maiores anseios das rendeiras: ter o seu próprio espaço.
Ao todo, são 190 m² distribuídos entre atividades de exposição (comércio), no térreo, e treinamento, no pavimento superior. “O projeto foi concebido para atender às demandas de comercialização, treinamento e apoio aos artesãos. Para isso foi proposta a restauração de um edifício histórico, construído na década de 20, um marco visual da cidade”, explicou o arquiteto Giuseppe Branquinho, que assina o projeto ao lado da também arquiteta Renata Caiaffo.
Com investimentos da ordem de R$ 480 mil, o Centro de Referência do Artesanato contemplará mais de 4 mil artesãos que trabalham com a renda renascença, a maior parte formada por mulheres.
A artesã Maria Regina Gomes, mestra em renda renascença de São Sebastião de Umbuzeiro, está entre os artesãos beneficiados pelo projeto. “A renda renascença estava tendo pouca visibilidade, e esse Centro vai valorizar ainda mais o nosso trabalho. Estou muito feliz”, disse, destacando também a parceria entre o Governo do Estado e as associações de renda renascença na construção do Centro de Referência do Artesanato.
Presente nos municípios de Camalaú, São João do Tigre, São Sebastião de Umbuzeiro, Monteiro e Zabelê, a renda renascença conta com o envolvimento de mais de 4 mil artesãos, a maior parte formada por mulheres.