Saúde
Inteligência artificial ajuda a escolher medicamento contra hipertensão
Os flavonoides do cacau baixam pressão tão bem quanto hipertensivos.
Inteligência artificial contra hipertensão
Embora os médicos tenham uma lista de medicamentos para hipertensão entre os quais escolher, cada um está repleto de prós e contras, tornando a prescrição do mais eficaz um desafio. Por exemplo, os betabloqueadores diminuem os batimentos do coração, mas podem causar asma; os inibidores da ECA relaxam os vasos sanguíneos, mas podem produzir uma tosse seca.
Agora, um novo programa de inteligência artificial promete ajudar os médicos a combinar melhor os remédios certos para cada paciente em particular.
O programa visa fornecer aos médicos recomendações de tratamento de hipertensão em tempo real com base nas características específicas do paciente, incluindo dados demográficos, sinais vitais, histórico médico anterior e resultados de exames clínicos.
Nas primeiras avaliações, o uso do programa permitiu reduzir a pressão arterial sistólica – medida quando o coração está batendo, em vez de em repouso – de forma mais eficaz do que o padrão de tratamento atual. De acordo com os pesquisadores, a abordagem do programa também pode ajudar a melhorar a confiança dos médicos nos resultados gerados pela inteligência artificial, uma vez que os estudos têm concluído que a Inteligência Artificial não está pronta para fazer diagnósticos médicos.
“Este é um novo algoritmo de aprendizado de máquina que aproveita informações nos registros eletrônicos de saúde e mostra o poder da IA na área da saúde,” defende o professor Ioannis Paschalidis, da Universidade de Boston (EUA). “Nosso modelo baseado em dados não está apenas prevendo um resultado, está sugerindo a medicação mais apropriada para cada paciente.”
Os flavonoides do cacau baixam pressão tão bem quanto hipertensivos.
Histórico de outros pacientes
Atualmente, ao escolher qual medicação prescrever a um paciente, o médico precisa considerar o histórico do paciente, os objetivos do tratamento e os benefícios e riscos associados a cada medicamento.
Muitas vezes, selecionar qual medicamento prescrever quando há várias opções – e das opções, nenhum medicamento é melhor ou pior que o outro – pode ser uma espécie de cara ou coroa, dizem os pesquisadores. Na prática, o que acaba ocorrendo é uma experimentação, que se repete com um paciente após o outro.
O novo modelo gera uma prescrição de hipertensão personalizada. Ele também usa o perfil do paciente, mas cruza-o rapidamente com os resultados efetivos já registrados por outros pacientes de características semelhantes.