Educação & Cultura
Pesquisadores da UFPB conseguem extrair biopolímero do sabugo do milho
Macromolécula poderá ser útil para fabricação de papel, de etanol e de enzimas
Uma equipe de pesquisadores do Laboratório de Biotecnologia Celular e Molecular da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) está desenvolvendo um projeto para extração de um biopolímero – conhecido com xilana – de sabugos de milho.
A pesquisa está sendo realizada em parceria com o Laboratório de Síntese e Vetorização de Moléculas da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).
As possibilidades de utilização desse biopolímero vão desde a fabricação de papel e de etanol de segunda geração até o seu emprego nas indústrias alimentícia ou de biotecnologia.
No caso desta última, seria útil para o desenvolvimento de enzimas, um mercado ainda incipiente no Brasil, que importa a xilana utilizada no país, segundo o pesquisador do Laboratório de Biotecnologia da UFPB, Demetrius Araújo.
Ele explica que o sabugo – assim como o bagaço da cana ou a palha de arroz – é uma biomassa constituída principalmente do biopolímero xilana.
Para isolá-la da biomassa, os pesquisadores utilizam microrganismos produtores da enzima xilanase, que extrai a xilana do resíduo em questão.
O projeto para aproveitamento do resíduo, que vem sendo desenvolvido há cerca de dois anos, tem duas vertentes: a principal é a produção do biopolímero, a partir do sabugo de milho, enquanto a outra é a produção da enzima xilanase para extrair a própria xilana.
O estudo ainda está em fase de testes e a previsão é que, no início do próximo ano, seja depositado o pedido de patente – intermediado pela Agência UFPB de Inovação Tecnológica (Inova) –, para garantir os direitos da universidade sobre a invenção. Interessados no estudo devem entrar em contato pelo e-mail demetrius@cbiotec.ufpb.br.
Ascom/UFPB