Educação & Cultura
Desbloqueando o potencial: como os celulares podem revolucionar a educação
A escola não pode ficar contra as coisas legais da tecnologia, mas sim tentar juntar elas com o que a gente aprende. Aos poucos e olhando para cada turma, os aparelhos podem ser nossos amigos para aprender de um jeito mais legal e fácil
Introdução
Ei! Tenho 18 anos e quando estava no ensino médio tive a liberdade de usar meu celular nas aulas para pesquisar, ler e estudar. Essas ferramentas realmente me ajudaram a entender melhor os assuntos e tornaram o aprendizado mais divertido. Além disso, pude acessar diferentes métodos de estudo que funcionaram melhor para mim.
Explorando novos interesses
Pela internet, também aprendi coisas novas que não eram abordadas na escola, como astronomia. Usando aplicativos interativos, videoaulas e outros materiais de apoio, desenvolvi uma curiosidade por um assunto totalmente novo. Por isso acredito que a tecnologia pode ser uma grande aliada para explorar atividades extracurriculares que correspondam aos nossos interesses.
O debate sobre o uso do celular nas escolas
Recentemente, acompanhei um debate sobre se os celulares deveriam ser proibidos nas escolas no Brasil. Fiquei surpreso com quantas pessoas defenderam uma proibição total. Acho que essa opinião decorre da ideia de que os eletrônicos são usados apenas para entretenimento e distração. No entanto, com orientação adequada, sei que a tecnologia pode realmente melhorar o aprendizado de muitos alunos.
Lidando com distrações
Uma das preocupações sobre o uso do celular e da internet nas escolas é o potencial de distrações na sala de aula. É verdade que alguns estudantes podem ficar tentados a verificar as redes sociais, mas isso não deve levar automaticamente à proibição total dos telemóveis. Cada aula é diferente e acredito que a integração gradual da eletrônica e o monitoramento do desempenho dos alunos podem evitar distrações e fornecer mais ferramentas educacionais.
Novas abordagens para tornar os assuntos menos assustadores
Entendo que apresentar os celulares como ferramentas de estudo e vê-los como recursos educacionais em sala de aula é um desafio. Mas precisamos repensar a ideia de que o aprendizado só acontece com lápis, borracha, caneta e papel. A combinação dessas ferramentas tradicionais com o uso responsável da eletrônica pode melhorar o interesse pela leitura e pela matemática. Os celulares oferecem diversos tipos de textos e formas alternativas de compreensão da aritmética, atendendo ao estilo de aprendizagem de cada indivíduo.
Envolvendo estudantes desinteressados
Outra questão que surge quando se discute o uso da eletrônica nas aulas é se ela funcionará para alunos que não têm tanto interesse na escola. Como estudante, compreendo o que muitos outros sentem em relação aos métodos tradicionais de ensino que não despertam o seu interesse pela educação. Ao integrar mais a tecnologia no sistema educativo, acredito que surgirão novos métodos de ensino e aprendizagem, motivando estes alunos a terem um melhor desempenho acadêmico.
Um salto em frente para a educação
Acredito que uma maior integração do celular na sala de aula seria um avanço para a educação em nosso país. Existem muitos recursos educacionais on-line disponíveis que abordam assuntos difíceis de uma maneira diferente e mais fácil. Foi assim que transformei assuntos que antes eram vilões em assuntos menos complexos.
Houve muitos avanços tecnológicos nos últimos tempos e o sistema educacional não deveria se opor a eles, mas sim tentar incorporá-los. Acredito que usar novos métodos de estudo por meio do celular também pode ajudar outros alunos a se sentirem mais preparados para as provas escolares e vestibulares. Se transformarmos os celulares de distrações em ferramentas de aprendizagem, poderemos alcançar avanços significativos na educação brasileira.
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Vozes da Educação é uma coluna semanal escrita por jovens do Salvaguarda, programa social de voluntários que auxiliam alunos da rede pública do Brasil a entrar na universidade. Revezam-se na autoria dos textos o fundador do programa, Vinícius De Andrade, e alunos auxiliados pelo Salvaguarda em todos os estados da federação. Siga o perfil do programa no Instagram em @salvaguarda1.
Este texto, escrito por Nickolas Eduardo Merces da Silva, de 18 anos, de Betim (MG), reflete a opinião do autor, não necessariamente do site.