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Pacheco retorna do recesso com a intenção de se distanciar de Lula.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, retornou do recesso com a intenção de manter uma distância regulamentar do presidente Lula. Ele manifestou independência, solicitando uma “retratação” de Lula em relação a Israel e as comparações entre a ação em Gaza e o Holocausto. Pacheco também colocou em votação o fim das “saidinhas”. Alguns aliados sugerem que esse movimento seja calculado, pois o PSD, alinhado com o Planalto, não compartilha da ideologia petista e tem afinidades com o conservadorismo.
É previsto que o presidente do Senado apoie a regulamentação da reforma tributária e estabeleça limites que delineiem seu posicionamento político em outros temas. Recentemente, Pacheco e o presidente da Câmara, Arthur Lira, parecem ter trocado de posição, com o senador se distanciando do Planalto enquanto o deputado se aproxima. Isso marca o início do ano eleitoral.
Por outro lado, o presidente da Câmara, Arthur Lira, informou a aliados de Lula que não seguirá adiante com o pedido de impeachment relacionado às declarações sobre o conflito entre Israel e o Hamas.
Os petistas consideram as declarações de Lula sobre as ações de Israel como uma vitória, desviando o foco do ato de 25 de fevereiro convocado por Bolsonaro e unindo os governos de esquerda.
A fala do líder do governo no Senado, Jaques Wagner, sugere a possibilidade de Lula refazer sua declaração, mas o ministro Paulo Pimenta destaca que Israel distorce as palavras de Lula, complicando esse caminho.
Lula ainda não decidiu se vetará o fim das “saidinhas” de presos, mas alguns aliados indicam que a tendência é essa. No entanto, há senadores dispostos a convencê-lo a não vetar integralmente a proposta, considerando as tensões crescentes entre o governo e o Congresso.
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro-do-ar Marcelo Damasceno, abriram debates na Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) de 2024, buscando aproximar as Forças Armadas do setor produtivo.
Além disso, as Forças Armadas estão avaliando a instalação de um segundo hospital de campanha para tratar pacientes com dengue, previsto para ser montado no Rio de Janeiro.
Na Câmara, a atmosfera beligerante indica que o mês de março será dedicado as tentativas de organizar o Congresso diante do clima hostil no plenário.