Uma médica e psicanalista, ex-companheira do filho mais novo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Luís Cláudio, registrou boletim de ocorrência contra ele nesta terça-feira (2) acusando-o de agressões “de natureza física, verbal, psicológica e moral”. Segundo a defesa da mulher, a Justiça já determinou medidas protetivas, como o afastamento dele da casa onde moravam e a proibição de que ele se aproxime ou tenha contato com ela.
Conforme o site UOL, Luís Cláudio teria dito à vítima que seu pai, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva iria protegê-lo contra as acusações de violência. O advogado de defesa da vítima, Matheus Cavallini disse acreditar que essa acusação referente a Lula “pode ter sido confirmada”.
“Essa questão de Luís ser filho do presidente está até implícita nessas questões, acredito”, disse o advogado. A reportagem não conseguiu confirmar a informação sobre o uso do nome do presidente com fontes independentes.
Em nota, a defesa de Luís Cláudio afirmou que as declarações são “fantasiosas”, que as “mentiras” podem configurar crimes de calúnia, difamação e injúria e que “serão tomadas as medidas legais pertinentes”.
Ao advogado afirmou que a vítima “relata que o relacionamento estava conturbado e que essas adversidades culminaram em agressões das mais variadas formas”.
“Pelo fato de a própria Justiça já ter deferido as medidas protetivas de urgência, já indica indícios nos fatos apresentados. Afinal, a justiça é imparcial”, disse ele.
A médica de 29 anos acusa Luís Cláudio de tê-la agredido fisicamente em janeiro deste ano. A briga teria ocorrido após ela ter descoberto supostas traições dele, segundo afirmou o site Metrópoles, que diz ter tido acesso ao boletim de ocorrência
Em nota, a defesa da médica diz que ela “enfrentou uma série de adversidades que culminaram em agressões das mais variadas formas, conforme registrado em boletim de ocorrência”. “Sua decisão de não sofrer em silêncio é um testemunho de sua firmeza e determinação em buscar justiça”, dizem os advogados Gabriela Sançana e Matheus Cavallini.
Na mesma nota, informam que medidas protetivas foram deferidas, “visando assegurar sua integridade e segurança física e psicológica”. Se descumprir as medidas protetivas, Luís Cláudio pode ser preso preventivamente e responder por crime, com punição de três meses a dois anos de detenção.
