Nacional
Pesquisadora da USP é demitida após desmentir Daniele Lima da Globo News
Michele Prado alegou ter sofrido assédio e insultos por parte da jornalista da Globo News Daniela Lima pelo WhatsApp após realizar a correção das informações falsas
Na última segunda-feira (13/05), Michele Prado, pesquisadora associada ao Monitor do Debate Político no Meio Digital da Universidade de São Paulo (USP), relatou ter sido desligada de seu cargo após corrigir uma informação falsa divulgada pela jornalista da GloboNews, Daniela Lima. Prado argumentou que Lima teria erroneamente associado os resultados de uma pesquisa do Monitor à disseminação de desinformação em publicações nas redes sociais.
“Amigos, informo a todos que a partir de hoje continuo meu trabalho de pesquisa e prevenção/combate aos extremismos de forma independente, pois fui desligada, hoje pela manhã, do grupo de pesquisa da USP no qual muito aprendi durante o último ano. Conto com o apoio de todos vocês para projetos futuros e reitero a veracidade das informações que publiquei na sexta-feira a respeito da correção que fiz sobre uma informação errada transmitida pela jornalista Daniela Lima da GloboNews”, declarou a pesquisadora.
Michele Prado alegou ter sofrido assédio por parte de Daniela Lima através do WhatsApp após realizar a correção. “Depois que corrigi a informação equivocada da jornalista Daniela Lima da GloboNews, ela me insultou duas vezes em meu WhatsApp pessoal. Insultou-me dez vezes, e eu tentei argumentar calmamente. Após aproximadamente 40 minutos, ela voltou a me insultar. Assédio moral”, denunciou Prado em seu perfil no Twitter.
Além disso, Michele Prado afirmou que a primeira-dama Janja estaria envolvida na criação de uma “milícia digital” mais “nociva” do que o suposto gabinete do ódio dos “bolsonaristas”. Segundo a pesquisadora, por meio desse grupo, Janja estaria manipulando a opinião pública conforme seus interesses.