Politíca
Romero Rodrigues contra-ataca: Enfrenta pressões de João Azevedo e Adriano Galdino com sua “Tropa de Choque”
Por Eliabe Castor
O ditado é antigo, remontando aos primórdios da civilização humana, possivelmente “proferido” pela primeira vez na Idade da Pedra Lascada ou Período Paleolítico. Durante essa era, os humanos não só dominavam o fogo como também praticavam o nomadismo, uma das suas principais características. Nessa época, talvez em “grunhidos”, tenham expressado à máxima: “Onde há fumaça, há fogo!”. Essa expressão, que se refere à presença de sinais de que algo está acontecendo ou prestes a acontecer, nunca foi tão pertinente quanto no atual cenário político da Paraíba.
A presença de um representante do Podemos, partido ao qual o deputado federal Romero Rodrigues é filiado, em uma reunião na quarta-feira (10), em uma emissora de televisão de Campina Grande, foi um indicativo claro de movimentações significativas nos bastidores. O objetivo do encontro era definir detalhes técnicos e datas para entrevistas com os pré-candidatos a prefeito da Rainha da Borborema. A revelação foi feita pelo jornalista Arimatéa Souza, do Paraíba Online e da Rede Ita, em sua coluna ‘A Parte’.
Nesse contexto de incertezas e decisões iminentes, Romero Rodrigues parece ter compreendido que o tempo não espera. A vida segue seu curso inexorável, e os deuses do Olímpio têm seus próprios compromissos com Zeus, alheios às indecisões humanas. Essa lógica também é compartilhada pelo presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino, um dos líderes dos Republicanos, e pelo governador João Azevedo (PSB). Ambos deram um ultimato a Rodrigues: ele precisa decidir até a próxima sexta-feira (12) se vai se candidatar a prefeito de Campina Grande, caso contrário, o Republicanos se unirá ao PSB para apoiar definitivamente a pré-candidatura de Jhony Bezerra, ex-secretário de Saúde e filiado ao PSB.
A metáfora da ampulheta é apropriada. O tempo cobra um preço alto daqueles que permanecem indecisos. Jhony Bezerra, por outro lado, já traçou seu caminho e avança rumo à postulação ao cargo de chefe do Executivo da outrora Vila Nova da Rainha. Enquanto isso, o atual prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (União Brasil), que buscará a reeleição, observa atentamente as próximas movimentações, assim como toda a Paraíba.
Romero Rodrigues, sentindo a pressão e os golpes desferidos por Azevedo e Galdino, acionou sua “tropa de choque”. O cenário político em Campina Grande está aquecido, com todos os sinais indicando que grandes mudanças podem estar a caminho. As decisões que serão tomadas nos próximos dias podem definir não apenas o futuro da cidade, mas também reconfigurar o panorama político estadual.
A movimentação dos bastidores revela a complexidade das articulações políticas e a importância de decisões estratégicas em momentos críticos. A atuação de Romero Rodrigues e sua equipe nas próximas semanas será crucial para determinar se ele conseguirá consolidar sua candidatura ou se terá que repensar sua posição diante do ultimato imposto pelos caciques do Republicanos e do PSB.