Internacional
Maduro e a censura ao WhatsApp: uma ameaça à liberdade de informação
Em mais uma empreitada de censurar informações contra seu regime sanguinário, Maduro ataca WhatsApp
O ditador venezuelano Nicolás Maduro, na segunda-feira (05), atacou a plataforma de mensagens WhatsApp, acusando-a de ser um instrumento do “imperialismo tecnológico” e anunciando que vai romper relações com o aplicativo. Em um vídeo, Maduro afirmou que o WhatsApp está sendo usado para ameaçar a Venezuela e incentivou os cidadãos a desinstalarem o aplicativo.
Para uma plateia de jovens, o ditador afirmou que o aplicativo está sendo usado para ameaçar democracia daquele país. Maduro ainda descreveu os usuários de WhatsApp como “covardes” escondidos no anonimato.
Ele ainda disse que membros das Forças Armadas, policiais e lideranças chavistas estão recebendo ameaças pelo WhatsApp por se calarem diante da falta de transparência nas eleições presidenciais que o teriam reelegido, no último dia 28.
A ação de Maduro representa uma tentativa clara de censurar uma plataforma de comunicação amplamente utilizada no país. E se não fosse o suficiente o bloqueio de sites da internet e a criação de um aplicativo do próprio regime para rastrear cidadãos que protestam contra a ditadura comunista, Maduro visa barrar todas as ferramentas que o povo venezuelano possui para se comunicar com pessoas fora da ditadura.
O ditador também sugeriu que a população desinstale o WhatsApp e migre para serviços como o Telegram, criado na Rússia, e o WeChat, da China.
Para Maduro, vale tudo para censurar seus críticos e críticos do regime revolucionário que visa perdurar na nação.