Internacional
Agências da ONU intensificam ações para cobertura de vacinação contra a pólio em Gaza
Até esta terça-feira, Organização Mundial da Saúde planeava ter maioria das crianças alcançadas; para que haja pelo menos 90% de cobertura de imunização, Unrwa garante promover ainda mais esses esforços nos próximos dias
A campanha de vacinação contra a poliomielite ocorreu nesta terça-feira pelo terceiro dia consecutivo em áreas centrais de Gaza.
A expectativa da Organização Mundial da Saúde, OMS, era que a maioria das crianças fossem alcançadas.
Compromisso das equipes
A agência da ONU anunciou que até segunda-feira foram inoculadas cerca de 74 mil crianças menores de 10 anos, o que elevou o total para mais de 161 mil.
Condições de vida que desalojados enfrentam são consideradas desumanas e propícias para a disseminação de doenças
Já a Agência das Nações Unidas de Apoio aos Refugiados Palestinos, Unrwa, lembrou que é preciso ter pelo menos 90% de cobertura de vacinação para interromper o surto e evitar que a poliomielite se alastre.
A entidade humanitária prometeu promover esses esforços nos próximos dias após a descoberta do primeiro caso notificado de pólio em 25 anos. A confirmação foi feita em agosto num menor de 10 meses que ficou paralisado.
Em rede social, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, OMS, reiterou o compromisso das equipes “em garantir que nenhuma criança seja esquecida, apesar do deslocamento contínuo”. Tedros Ghebreyesus fez um pedido a todas as partes para que continuem respeitando as pausas humanitárias e assegurem uma paz duradoura para que as crianças em Gaza possam ter um futuro mais saudável.
Pausas humanitárias e paz duradoura
O representante da OMS para os Territórios Palestinos, Rik Peeperkorn, disse que várias equipes foram mobilizadas em locais fixos de maior dimensão.
A meta é permitir que alguns grupos funcionem com mobilidade “para alcançar proativamente crianças que podem ter sido esquecidas por vários motivos”.
Ele listou questões que se apresentam no processo tais como limitação de acesso, baixa confiança na vacinação, recusas, falta de conscientização sobre a campanha e fraca disponibilidade de locais.
De acordo com a Unrwa, as operações militares e as ordens de evacuação fizeram com que as pessoas fosses aglomeradas em espaços cada vez menores.
Com famílias concentradas em abrigos ou tendas superlotadas onde quer que elas pudessem encontrar, as condições de vida que enfrentam são consideradas desumanas e propícias para a disseminação de doenças.