Nacional
Transportadores ameaçam greve nacional contra o descumprimento reiterado dos Pisos Mínimos de Frete
Transportadores rodoviários de cargas de todo o país mostram descontentamento com as empresas embarcadoras, que seguem desrespeitando a Lei n.º 13.703, de 2018, que criou a Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas. Conforme o Sindtaque-MG, o desrespeito a essa lei é uma rotina nas estradas de todo o país, mas promete que não vai mais aceitar o descumprimento da lei.
A entidade diz que esse é um protesto legítimo, e publicou uma nota sobre o assunto, destacando que poderá haver uma paralisação geral de caminhoneiros em todo o país, se o assunto não for tratado com mais seriedade pelos órgãos competentes.
Veja a nota na íntegra e o pronunciamento do presidente do Sindtaque-MG, Irani Gomes, em vídeo, no final da matéria:
Na última quarta-feira (25), o presidente do Sindtaque-MG, Irani Gomes (foto), veio a público manifestar a insatisfação e indignação de entidades representativas e de transportadores de cargas do país com relação ao descumprimento da lei que criou o Piso Mínimo de Frete.
Nesta quinta-feira (26), o dirigente voltou a afirmar que as entidades e transportadores de todo o país, de todos os segmentos, “não vão mais aceitar o descumprimento do Piso Mínimo de Frete”.
Segundo ele, a insatisfação dos transportadores diante da gravidade da situação em que atravessam, sejam empresas, cooperativas e caminhoneiros autônomos, é geral.
“Os contratantes burlam as leis, muitos não pagam pedágios, diárias dos veículos carregados, impostos e nem o mínimo obrigatório do frete. As empresas, cooperativas de transporte e caminhoneiros autônomos vivem sob ameaças dos contratantes. Os que cobram dos contratantes, não recebem mais trabalho”, denunciou Irani.
O dirigente do Sindtaque-MG também disse que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que deveria fiscalizar o cumprimento da lei, não tem feito seu papel a contento.
Sem caminhão o Brasil para
Contudo, Irani foi categórico: “A partir de agora, não iremos mais aceitar a lei ser banida, pois essa conquista se deu com muito esforço. Em 2018, foram onze dias de paralisação dos caminhoneiros, durante os quais a categoria de transporte rodoviário de cargas provou que sem caminhão o país para”.
E acrescentou: “Em nome da categoria de transporte de combustíveis e de derivados de petróleo, digo às autoridades governamentais que se o Brasil parar os senhores serão os culpados, e não os trabalhadores do setor de transportes. Fica aqui minha insatisfação e indignação sobre a falta de sensibilidade do governo em não fiscalizar esse absurdo que está acontecendo no país, pois quem hoje trabalha no transporte, tem seu caminhão e depende desse sustento, está pagando para trabalhar”.