Politíca
Batalha na Educação: Wilson Filho X Pedro Cunha Lima e o futuro da Paraíba
Por Roberto Tomé
O papo sobre educação na Paraíba deu uma esquentada. O motivo? O secretário de Educação, Wilson Filho, puxou os holofotes para si ao exibir feitos da gestão estadual, enquanto rebateu as farpas do ex-deputado federal Pedro Cunha Lima. Foi em uma entrevista, que essa troca de alfinetadas aconteceu, e, olha, deu o que falar.
Logo de cara, Wilson Filho trouxe um arsenal de dados para mostrar que a Paraíba não está de brincadeira quando o assunto é infraestrutura escolar. Segundo ele, só em 2024 foram construídas 23 escolas. Sim, vinte e três! Ele comparou com São Paulo, onde o secretário de Educação, no final do ano passado, estava vibrando por ter entregado cinco. Cinco contra vinte e três? Wilson não deixou barato. “Esses números falam por si. Nossa gestão está comprometida de verdade com a educação”, cravou.
Mas não parou por aí. O tom subiu ainda mais quando o secretário mirou nas críticas de Pedro Cunha Lima. Segundo Wilson, as palavras do ex-deputado não passam de discurso vazio. Ele alfinetou direto a história política da família de Pedro. “A família dele teve oportunidade de ouro para transformar a educação e não fez nem 10% do que estamos fazendo na gestão do governador João Azevêdo. Criticar é moleza, quero ver entregar resultado.”
Wilson também não se limitou a falar de tijolo e cimento. Ele destacou os programas pedagógicos, a capacitação de professores e o foco em melhorar a qualidade do ensino. Segundo ele, a prioridade é clara: garantir condições dignas para os estudantes aprenderem de verdade.
Apesar de bater firme, o secretário se mostrou disposto a ouvir. Mas não às cegas. “Estamos abertos a críticas construtivas, desde que venham para somar. A educação é um desafio contínuo e sabemos que muito ainda precisa ser feito. Mas é inegável que estamos no caminho certo”, disse ele, com aquela mistura de firmeza e diplomacia.
Do outro lado, Pedro Cunha Lima não ficou calado. Ele aproveitou para jogar luz nas deficiências do setor. Segundo ele, o problema não é apenas construir escolas, mas resolver questões estruturais que continuam emperrando a educação, tanto na Paraíba quanto no Brasil. Pedro pediu um debate mais profundo, algo que não se limite à troca de farpas, mas traga soluções concretas.
E assim segue o cabo de guerra. De um lado, um governo que busca se firmar como protagonista em investimentos educacionais. Do outro, uma oposição que cobra mais do que obras e dados. Quem está com a razão? Talvez ambos tenham pontos válidos, mas o que realmente importa é como tudo isso vai impactar o futuro dos estudantes paraibanos. Porque, no fim das contas, o debate só faz sentido se as palavras virarem ações concretas e resultados palpáveis. Caso contrário, é só mais um capítulo de discursos bem ensaiados em um palco velho conhecido.