Politíca
PT na Paraíba: Briga Interna Ameaça o Futuro da Legenda
A escolha do novo presidente estadual do PT na Paraíba virou um verdadeiro campo de batalha, e a última declaração de Luciano Cartaxo só intensifica o clima de tensão que já está rolando nos bastidores. Não se trata apenas de um jogo de egos, mas de um xadrez político que vai definir os rumos da legenda, e, claro, das eleições futuras. A história se repete: o PT na Paraíba parece perder o rumo e se afunda na lama das disputas internas enquanto o relógio da política não para.
Cartaxo não tem papas na língua. Fez questão de deixar claro que o partido precisa “maturidade”, o que soa quase como um ultimato, dado o tamanho da bagunça interna. “Maturidade” dentro do PT? Isso é quase um oxímoro. Cartaxo sabe que a palavra-chave é união, mas ele também sabe que, neste jogo, ninguém realmente quer ceder. E a deputada Cida Ramos, até agora, se apresenta como a peça favorita dessa dança. Ela, que ficou de fora da disputa pela Prefeitura de João Pessoa em 2024, agora é vista como a nova esperança do partido.
Porém, a trama é mais complexa. Cartaxo, por mais que queira dar um ar de conciliador, não revela quem vai apoiar. “Até julho”, ele diz, criando um suspense desnecessário. O que se vê é um partido dividido, sem coragem de tomar decisões que possam colocar a legenda em um caminho mais sólido. São velhos fantasmas e a tal “maturidade” parece mais uma ilusão. Sem um comandante claro, o PT corre o risco de se perder em disputas sem fim.
O pior de tudo é que, em João Pessoa, o partido se vê às voltas com o dilema de lançar ou não uma candidatura própria à Prefeitura. Em uma cidade onde o PT nunca conseguiu se afirmar de forma definitiva, agora é preciso ter coragem. Mas adivinhe? A pressão interna é tamanha que até mesmo lideranças importantes do partido, incluindo deputados e o próprio presidente estadual, preferem se abster. E o que isso significa? Simples: o PT se enfraquece ainda mais e perde a chance de aproveitar o momento.
Em meio a essa bagunça, Cartaxo manda o recado: “Não podemos deixar que discussões internas destruam nossas lideranças”. É um aviso claro, mas não é suficiente. Afinal, onde está a ação de fato? O discurso político é bonito, mas, na prática, a coisa está feia. Cada vez mais, o PT se distancia de sua capacidade de apresentar uma proposta política sólida, e as brigas internas torna-se o único foco de atenção.
Agora, o PT está no limiar de um grande dilema: como resolver suas diferenças sem se destruir? As divisões internas, claro, não são novidades, mas o fato de que, em 2024, ainda estamos discutindo essas mesmas questões mostra o quanto o partido perdeu a capacidade de evoluir. Por um lado, é preciso construir alianças, sem deixar de lado os interesses da população. Mas, por outro, parece que o PT vai perder mais uma vez a chance de se renovar e se apresentar como uma alternativa real para o povo da Paraíba.
A verdade é que, com esse cenário caótico, o futuro da legenda na Paraíba está cada vez mais nebuloso. E isso não é só culpa das disputas internas, mas também de uma estratégia política que já mostrou sinais claros de esgotamento. O PT da Paraíba precisa de mais que palavras bonitas; precisa, urgentemente, se entender e tomar decisões que não sejam tomadas apenas para agradar interesses individuais. Até quando esse filme vai continuar?