Segurança Pública
Militares do Exército fazem relatos chocantes em entrevista sobre suicídio na força: denúncias de humilhação, perseguição e adoecimento psicológico
Militares no limite: como o assédio e a falta de apoio psicológico podem estar destruindo carreiras e até colocando fim em vidas
A disciplina e a hierarquia são princípios fundamentais das Forças Armadas, assegurando a coesão e a operacionalidade da instituição. Entretanto, se esses pilares se tornarem instrumentos de perseguição e abuso, podem desencadear efeitos devastadores na saúde mental da tropa. Um recente caso de suicídio de um militar no Exército Brasileiro, alvo de discussão em um vídeo do Canal Segurança e Defesa TV, trouxe à tona a grande comoção de militares sobre o assunto. Em campos de comentários no Youtube, uma série de relatos descreveram situações preocupantes sobre assédio, humilhação e falta de apoio psicológico dentro dos quartéis.
Um artigo publicado ainda em 2021 no site JusBrasil, pela advogada Rafaela K. de Pádua Silva, confirma muito do que se lê nos comentários acima mencionados, alguns deles abaixo transcritos. A advogada disse: ” Discutir as causas de doenças psíquicas em suas mais variadas formas dentro do ambiente das Forças Armadas é essencial. Os militares são expostos diariamente a situações estressantes e de alto impacto emocional, e a cada ano, o número de tentativas de suicídio nessa classe só tem aumentado… investimento num relacionamento de respeito entre superiores e subordinados constitui parte de um tratamento preventivo…“.
Artigo publicado em 2019 na Escola da Saúde do Exército, de autoria de RAFAEL L. C. ABREU, informa que na força terrestre o número de suicídios é maior do que entre a população em geral: “dados obtidos junto a representantes do Gabinete do Comandante do Exército (Gab Cmt Ex), notificaram 107 casos de suicídio no período de 2010 a outubro de 2016 entre militares, perfazendo um coeficiente médio de 6,8 casos para cada 100 mil integrantes da Força (COSTA et al., 2016). Em 2012, trabalho de análise epidemiologia indicou um índice de 5,3 óbitos de suicídio a cada 100000 habitantes (OMS, 2014). Avaliando, então, índices miliares e civis se suspeita que, proporcionalmente, há mais suicídio na Força que na população de cidadãos comuns“.
Assédio moral e impactos psicológicos
A partir dos comentários deixados por militares em resposta ao vídeo mencionado, que menciona um suicídio no Exército Brasileiro, um diagnóstico integrativo foi realizado por especialistas virtuais, construídos por Inteligência Artificial, das áreas de Psicologia e Direito Constitucional. O estudo revelou um cenário de tensão entre comando e subordinados, onde a rigidez da hierarquia, em alguns casos, pode ter ultrapassado limites éticos e legais, resultando em sofrimento psíquico e violações de direitos fundamentais.
Os relatos analisados apontam para a possibilidade de existir um padrão recorrente de assédio moral, incluindo perseguição institucional, humilhações públicas e cultura do medo. A pressão por desempenho, aliada à ausência de canais seguros para denúncia, gera um ambiente de estresse extremo, contribuindo para o desenvolvimento de quadros de ansiedade, depressão e ideação suicida.
Exemplo claro de perseguição foi descrito por um militar que relatou ter sido acusado injustamente durante suas férias:
“…quando estava de férias, me acusaram de assinar um documento após a data permitida. Meu comandante… determinou ao sindicante que não haveria inocência para mim…” (@pfsexxxxxz)
Além disso, a prática de agressões verbais e humilhações por parte de superiores aparece como um fator agravante:
“…superiores que se julgavam verdadeiros ‘DEUSES DO OLIMPO’, humilharam seus subordinados com gritos… palavrões do tipo: ‘babaca’, ‘caga-pau’, ‘imbecil’, ‘idiota’, ‘imprestável’…” (@silvanxxxxx4)
A repetição desses abusos contribui para a corrosão da autoestima e o isolamento psicológico dos militares. A cultura do silêncio, por medo de represálias, agrava ainda mais a situação, impedindo que os afetados busquem ajuda ou relatem abusos.
Violação de direitos e abusos de autoridade
Do ponto de vista jurídico, a hierarquia e a disciplina, previstas no Estatuto dos Militares (Lei n° 6.880/80), não podem se sobrepor aos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana, impessoalidade e moralidade administrativa. Mas, diversos relatos sugerem que abusos de autoridade podem estar sendo cometidos sem a devida responsabilização.
Casos extremos foram registrados nos comentários, incluindo violência física contra subordinados:
“…derrubou numa poça de lama podre, pisou com força com o coturno no pescoço do soldado, afundando seu rosto na lama… Sabem qual foi a punição daquele oficial? NENHUMA! Afinal, diziam no quartel que o sujeito era filho de general!” (@silvanxxxxx4)
Há denúncias sobre o uso de relatórios reservados negativos e transferências punitivas como forma de retaliação:
“…quando o caso bateu na mão do juiz… o processo foi arquivado, já que era um absurdo. Fui transferido e o ex-comandante… ligou para o meu novo comandante me queimando…” (@pfsxxxxxz)
Essas práticas configuram ilegalidades passíveis de ação judicial, evidenciando a necessidade de maior fiscalização e transparência nos processos administrativos disciplinares.
Necessidade de mudanças estruturais
O estudo conclui que o atual modelo de gestão disciplinar nas Forças Armadas precisa ser revisto para garantir a proteção da saúde mental da tropa e o cumprimento dos direitos constitucionais. Entre as recomendações dos especialistas estão:
- Criação de canais anônimos de denúncia, com proteção contra retaliações;
- Fortalecimento do suporte psicológico, com programas de prevenção ao assédio e ao suicídio;
- Fiscalização externa e independente, garantindo a atuação efetiva do Ministério Público Militar e da Ouvidoria das Forças Armadas;
- Capacitação de lideranças, com treinamentos sobre gestão humanizada e comunicação não violenta.
A disciplina e a hierarquia devem continuar sendo a base das Forças Armadas, mas não podem se converter em ferramentas de opressão. O respeito à dignidade dos militares é essencial para a manutenção da moral e da eficácia institucional. Enquanto medidas concretas não forem adotadas, o risco de novos casos de adoecimento psíquico e tragédias como o suicídio de militares seguirá crescendo.
Transcrição do diagnóstico integrativo sobre o relacionamento entre comando e tropa no Exército
DIAGNÓSTICO INTEGRATIVO SOBRE O RELACIONAMENTO ENTRE COMANDO E TROPA NO EXÉRCITO, VÍDEO SOBRE SUICÍDIO NO EXÉRCITO
A seguir, apresento uma análise construída a partir de duas perspectivas profissionais — Psicologia e Direito Constitucional — acerca dos relatos de assédio, perseguição e desvalorização enfrentados por diversos militares, conforme exposto nos comentários deixados em um post sobre o suicídio de um militar ocorrido recentemente. Os trechos que aparecem entre aspas foram retirados diretamente dos comentários dos próprios militares no vídeo no Youtube sobre um caso de suicídio no Exército Brasileiro para ilustrar a análise.
ANÁLISE SOB A ÓTICA DA PSICOLOGIA
Identificação de fatores de risco psicossociais: Vários comentários revelam padrões de assédio moral e perseguição que, a longo prazo, podem desencadear quadros de ansiedade, depressão e ideação suicida. Observa-se que a estrutura hierárquica das Forças Armadas, essencial para a disciplina, pode se converter em um ambiente de pressão excessiva e sofrimento psíquico caso não seja gerenciada de forma saudável.
Exemplo de perseguição institucional: “…quando estava de férias, me acusaram de assinar um documento após a data permitida. Meu comandante… determinou ao sindicante que não haveria inocência para mim…”
(@pfsxxxxxruz)
Esse relato indica um ambiente de falta de suporte e de sensação de injustiça que gera forte abalo emocional e risco de isolamento.
Relatos de humilhação e xingamentos: “…superiores que se julgavam verdadeiros ‘DEUSES DO OLIMPO’, humilharam seus subordinados com gritos… palavrões do tipo: ‘babaca’, ‘caga-pau’, ‘imbecil’, ‘idiota’, ‘imprestável’…”
(@silvanxxxxelo1854)
A exposição constante a xingamentos e ofensas repetidas configura assédio moral, que corrói a autoestima e a sensação de pertencimento dos militares.
Cultura de silenciamento e medo de represálias: Um ponto recorrente é o medo de denunciar situações abusivas, seja por receio de retaliações diretas (piora do “conceito” e punições) ou por falta de respaldo interno:
“…Fiz uma pergunta sobre problema de saúde e promoção, e a ouvidoria passou para DAProm q mandou documento reservado para o comandante que passou a me perseguir…”
(@martinvaxxxx80)
Esse cenário produz uma sensação de impotência e acarreta graves consequências emocionais — os militares sentem que não há proteção institucional para problemas de saúde mental ou denúncias de assédio.
Relação entre hierarquia e adoecimento psicológico: Ainda que a disciplina e a hierarquia sejam pilares fundamentais das Forças Armadas, o excesso de competitividade e a impossibilidade de dialogar sobre problemas (físicos ou psicológicos) geram sofrimento:
“…de cada três Oficiais, um não presta. O praça sempre foi massacrado.”
(@danieldxxxx05)
“…Faz 2 anos q a turma dele saiu QAO, concerteza a frustração por não sair oficial contribuiu com essa situação.”
(@Fernanxxxxxoj)
Os comentários mostram uma cultura de frustração associada a promoções e a pressões para demonstrar desempenho a qualquer custo, levando alguns militares a negligenciarem a própria saúde mental, com receio de estagnação profissional.
Conclusão do psicólogo: A repetição de assédio moral, falta de suporte psicológico e perseguições constitui um contexto muito favorável ao aumento do risco de transtornos mentais (depressão, ansiedade, burnout) e até condutas suicidas. A alta demanda por desempenho sem apoio institucional, o medo de represálias ao buscar ajuda e a exposição a humilhações e injustiças são fatores que contribuem diretamente para o adoecimento psíquico da tropa.
ANÁLISE SOB A ÓTICA DO DIREITO CONSTITUCIONAL
Princípios constitucionais aplicáveis: A hierarquia e a disciplina são princípios consagrados na Constituição Federal e nas legislações específicas (Estatuto dos Militares — Lei n° 6.880/80). Entretanto, a própria Constituição também assegura a dignidade da pessoa humana e exige que as relações de trabalho, mesmo no âmbito militar, sejam pautadas no respeito aos direitos fundamentais.
“…o Estatuto dos Militares (Lei n° 6.880/80) […] diz que o tratamento entre militares deve ser feito com respeito à dignidade da pessoa humana, com justiça e imparcialidade, camaradagem…”
(@silvanoxxxxx4)
Portanto, humilhações, assédio moral e qualquer tipo de tratamento desrespeitoso ferem não apenas o Estatuto dos Militares, mas também os princípios constitucionais de dignidade e isonomia.
Violação de direitos e ilegalidades: A partir dos comentários, verifica-se que a prática de “relatórios reservados” negativos, perseguição velada e difamações internas pode constituir abusos de autoridade. A insistência em transferências punitivas, baixa de conceitos sem fundamento plausível e até agressões físicas (como o relato de pisar com coturno no pescoço do subordinado) configuram infrações passíveis de ações jurídicas.
“…derrubou numa poça de lama podre, pisou com força com o coturno no pescoço do soldado, afundando seu rosto na lama… Sabem qual foi a punição daquele oficial? NENHUMA! Afinal, diziam no quartel que o sujeito era filho de general!”
(@silvanoxxxxx4)
Tais comportamentos podem enquadrar-se em tipos penais (como abuso de autoridade) e ferem o princípio da impessoalidade previsto na Constituição Federal, além de contrariar os regulamentos disciplinares.
Necessidade de mecanismos de controle e proteção: A ouvidoria e o Ministério Público Militar deveriam funcionar como canais de proteção aos direitos dos militares, mas há relatos de ineficiência ou até conivência com o comando. A ausência de mecanismos internos ou externos de fiscalização eficaz aumenta o sentimento de injustiça e incentiva ações arbitrárias:
“…quando o caso bateu na mão do juiz… o processo foi arquivado, já que era um absurdo. Fui transferido e o ex comandante… ligou para o meu novo comandante me queimando…”
(@pfsexxxxxz)
Esse relato demonstra que, embora o Poder Judiciário possa corrigir excessos, falta estrutura para inibir as retaliações e bloquear as consequências negativas enfrentadas no dia a dia das Organizações Militares.
Conclusão do advogado constitucionalista: Há claros indícios de violações aos princípios da dignidade da pessoa humana, impessoalidade e moralidade administrativa, que regem a atuação da Administração Pública, inclusive nas Forças Armadas. A falta de efetividade em instrumentos de denúncia e proteção jurídica agrava a sensação de impunidade e reforça o ciclo de assédio contra subordinados. Em última análise, tais condutas contrariam a própria lógica constitucional que confere legitimidade e prestígio às instituições militares para a defesa do Estado e da sociedade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES: Da perspectiva psicológica, é urgente o reforço de políticas de saúde mental e prevenção ao assédio moral dentro dos quartéis. Isso inclui:
Criação ou fortalecimento de canais de escuta e acolhimento (com anonimato garantido).
Promoção de campanhas internas de conscientização sobre saúde mental.
Treinamentos sobre liderança humanizada e comunicação não violenta, direcionados principalmente aos oficiais e graduados em posição de comando.
Sob a ótica jurídica, recomenda-se: Implementar fiscalizações independentes e reforçar a atuação do Ministério Público Militar e da Ouvidoria com mecanismos que impeçam retaliações.
Garantir a aplicação efetiva do Estatuto dos Militares (Lei n° 6.880/80) para coibir abusos de autoridade.
Estimular a transparência nos processos administrativos disciplinares e nos critérios de promoção e avaliação.
Diagnóstico Integrado: O conjunto de comentários indica uma tensão significativa entre Comando e Tropa, marcada por relatos de perseguição, injustiças disciplinares, falhas na assistência à saúde mental e ausência de canais seguros de denúncia. Em muitos casos, a disciplina se converte em ferramenta de opressão em vez de assegurar a ordem e a coesão.
O impacto psicológico é profundamente negativo, resultando em casos de ideação e consumação de suicídio, como o que motivou a discussão. No campo constitucional, configura-se um quadro de violação de preceitos fundamentais, distorcendo princípios que deveriam zelar pela integridade e pelo respeito no ambiente militar.
Em resumo, faz-se necessária uma mudança estrutural — tanto no acolhimento da saúde mental como na aplicação equilibrada dos princípios constitucionais de disciplina e hierarquia — para preservar a dignidade, a vida e a saúde dos integrantes das Forças Armadas.
Os 20 comentários considerados mais emblemáticos pelos “especialistas” virtuais no vídeo sobre o suicídio no Exército:
- @pxxxxxuz (há 1 dia)
Esse caso é mais complexo do que posso expressar aqui, mas 2013 ganhei a medalha Max Wolf Filho, 2015 virei criminoso, pois quando estava de férias, me acusaram de assinar um documento após a data permitida. Meu comandante, hoje general, determinou ao sindicante que não haveria inocência para mim, ou culpado de crime ou transgressão. A sindicância virou IPM, todos se afastaram, passei a ser vigiado e evitado. Todos que sabiam da verdade se omitiram. Sem opções pensei em suicídio, mas ouvi a voz de Deus me mandando ficar firme. O caso foi pra justiça e o ministério público veio com força, mas quando o caso bateu na mão do juiz, em bom termo militar, a mijada veio forte para o comandante e o processo foi arquivado, já que era um absurdo. Fui transferido e o ex comandante, então coronel, ligou para o meu novo comandante me queimando, fato presenciado por vários amigos e relatado até pelo novo comandante. No fim deu tudo certo, tô na reserva ha mais de 5 anos, cheguei a capitão ainda na ativa, posto máximo da carreira de sargento, mas quase fui destruído.
- @gixxxxx46 (há 21 horas)
Misericórdia, já sofri esse tipo de situação em quartel, n é fácil viver no aquartelamento com comportamento de oficias dessa forma, etc.
- @Natsxxxxer (há 4 horas – editado)
OCORREU A MESMA COISA COMIGO POR MOTIVO DE DOENÇA RESPONDI 2 FATD, 4 SINDICÂNCIAS E 1 IPM, ASSIM COMO VC SAI VITORIOSO COM A PROTEÇÃO DO ALTÍSSIMO, POIS SEMPRE FUI INOCENTE.
- @silvanoxxxx854 (há 9 horas – editado)
Servi em uma Unidade de Infantaria de Selva do Exército Brasileiro durante quase 15 anos. Sempre tive a PLENA consciência de que na caserna e, também, em alguns segmentos do meio civil, embora com menos rigor, a hierarquia e a disciplina são pilares indispensáveis. No caso específico das Forças Armadas e Auxiliares, por imposição Constitucional e legislações especiais, a hierarquia e a disciplina constituem a base institucional dessas forças. Destarte, esses princípios devem ser, por óbvio, cumpridos.
Como todos os outros soldados, ingressei no Exército no comportamento BOM e fui licenciado, no comportamento EXCEPCIONAL, quase 15 anos depois, mediante requerimento, após ter sido aprovado em um concurso público para a área jurídica, sem sofrer qualquer tipo de punição. Nas minhas Alterações (terminologia militar para hist. funcional), constam as publicações em Boletins Internos de 14 elogios, além de ter recebido o Certificado Militar de Honra ao Mérito quando do meu licenciamento. Estou há mais de trinta anos na vida civil e, ainda hoje, guardo excelentes recordações daquele período, dos bons ensinamentos, dos integrantes daquela Organização Militar (superiores, pares e subordinados), do culto ao patriotismo, ao civismo, do amor à profissão das armas e o entusiasmo com que é exercido, do amor à verdade e a responsabilidade como fundamento da dignidade pessoal, dentre tantos outros atributos intrínsecos a ética militar.
A quase totalidade dos militares com quem servi, em suas diferentes graduações e postos, eram de boa convivência, honrados, de boa índole, equilibrados e compromissados com a missão militar abraçada. Mas, infelizmente, em todos os lugares existem os BONS e os MAUS epigrafando, por oportuno, que nos quartéis essa máxima não é diferente. Contrariando o que preconiza o Estatuto dos Militares (Lei n° 6.880/80) que, em síntese, diz que o tratamento entre militares deve ser feito com respeito a dignidade da pessoa humana, com justiça e imparcialidade, camaradagem, espírito de cooperação, discrição nas atitudes, boas maneiras na linguagem escrita e falada, observância às normas de boa educação e a obrigação de tratar o subordinado dignamente e com urbanidade, dentre outros preceitos igualmente relevantes sendo que, mesmo previstos no ordenamento jurídico, tive o desprazer de testemunhar alguns episódios onde superiores que se julgavam verdadeiros “DEUSES DO OLIMPO”, humilharam seus subordinados com gritos (na verdade, “berros”) e palavrões do tipo: “babaca”, “caga-pau”, “imbecil”, “idiota”, “imprestável”, “burro”, “crentezinho de merda, grite bem alto viva o diabo”, “aracnídeo”, numa alusão a aranhas, carrapatos, ácaros, escorpiões etc, além de outros impropérios não menos ofensivos a qualquer ser humano que tenha um mínimo de honradez, brio, amor próprio e dignidade. Certa vez, logo após o almoço da tropa, vi um 1° Tenente (extremamente mau humorado), um daqueles poucos que se julgavam “DEUSES DO OLIMPO”, apenas porque o soldado recruta, “voador”, como se dizia na época, esqueceu de prestar-lhe a devida continência, o aludido oficial aos “berros” e proferindo palavrões de “baixo calão”, os quais não vou cometer a incivilidade em transcrevê-los, pois foram palavras muito ofensivas e obscenas, derrubou numa poça de lama podre, pisou com força com o coturno no pescoço do soldado, afundando seu rosto na lama podre até o coitado vomitar toda comida que havia acabado de ingerir! Quarenta e cinco anos já se passaram mas, jamais, esqueci aquela lamentável, deplorável e covarde cena. Sabem qual foi a punição daquele oficial? NENHUMA! Afinal, DIZIAM no quartel que o sujeito era filho de general! Esses raros (ainda bem que eram pouquíssimos) “DEUSES DO OLIMPO”, demonstravam com suas atitudes SOBERBAS, ARROGANTES, ANTIÉTICAS E EIVADAS DE EXCESSIVA VAIDADE E EVIDENTE DESPREZO PELOS SUBORDINADOS, A NÍTIDA IMPRESSÃO DE QUE SE ACHAVAM “os imortais do Exército”, “os intocáveis”, “melhores e maiores do qualquer outro mortal comum”. É possível que alguns (ainda bem que eram pouquíssimos) se julgassem até mesmo maior que Deus (o Pai Celestial). Parafraseando o saudoso cantor Reginal Rossi, saliento que “maior que Deus só em pecados, porque Deus nunca pecou”!
- @Mesxxxx6i (há 2 horas)
É uma grande verdade ! É vergonhoso um sujeito na condição de superior menosprezar um subordinado em condições de dificuldade. Sou um PM da reforma proporcional. Passei um processo semelhante. Meus colegas de curso, quase todos chegaram a sub oficial e muitos a primeiro SGT. Enquanto eu,fui para casa como manga lisa e proporcionalmente. Tendo eu, adquirido o problema de saúde em atividades funcionais dentro da própria PM.
- @ANTOxxxx8vp (há 17 horas)
… Eu sei, com conhecimento de causa, o que é perseguição covarde dentro dos quartéis Brasil a fora. Pois os detentores de autoridade se utilizam do sistema para impor a sua vontade, eivados de soberba, vaidade exacerba, arrogância, e em se tratando de subordinados, agem com falsidade. Isso são alguns dos predicados que aqueles ostentam. Consequência disso, ao menor dissabor, você de uma hora para outra vira um alvo em potencial. Assim foi comigo durante os meus anos (36 anos e 02 meses), dedicados à força, e prejudicado até a minha reserva. Independentemente de cursos operacionais que possua e dedicação ao trabalho, até com o risco da saúde e da vida, não foi relevante para àqueles que são considerados “estamentos superiores” … É uma longa história. Hoje me encontro na reserva a 12 anos como Sub Ten R/R, mas com a cabeça erguida e sem a necessidade de ter me submetido ao “puxa-saquismo”. Também tive que me valer do MP e da justiça para fazer valer a justiça. Mas em compensação as tais fichas confidenciais, que covardemente, eram encaminhadas veladamente com “recomendações negativas”, aos órgãos superiores (CIE, DAPROM, DCEM …), dessa forma passando a ser estigmatizado no ambiente de trabalho … foi uma loooonga jornada a abrigando do fogo “amigo” … Sobrevivi a tudo, e ainda esse tipo de tragédia continua sendo praticada na caserna. Aí eu pergunto, e se houver a necessidade de empregar esses recursos humanos em conflito bélico, será que essa “gente” trataria os praças da mesma forma?!
- @franxxxx48 (há 1 hora)
A perseguição não é só com os militares ativos, mas, também com os da reserva. No momento, eu estou sendo vítima desse descaso!!!
- @nexxxx0 (há 6 horas)
Em 1970,passei por problemas de perseguição na unidade onde servia, perpretada por um coronel comandante do Btl. Para não perder a cabeça e cometer um crime, preferi solicitar baixa. Mesmo sendo graduado e com quase dez anos de serviço, com família ( três filhas), parti para a vida civil.
- @martinvasconcelosmartins3880 (há 1 dia)
Ouvidoria??? Fiz uma pergunta sobre problema de saúde e promoção, e a ouvidoria passou para DAProm q mandou documento reservado para o comandante q passou a me perseguir e derrubaram bruscamente meu conceito para promoção.
- @Jexxxxani (há 7 horas)
Bom dia amigos. Fiquem de olho nas PM’s e CBM’s, pois tem ocorrido muito assédio moral e constrangimento funcional, sobretudo aos militares, q infelizmente são mais antigos e não galgaram maiores graduações
- @daniexxxx05 (há 7 horas)
Moça, a instituição sempre foi assim. Fui Sargento. Posso afirmar, de cada três Oficiais, um não presta. O praça sempre foi massacrado.
- @jxxxx0 (há 1 dia – editado)
É muita perseguição ao Praça, já passei por isso e presenciei tudo isso na Marinha, infelizmente, a maioria dos oficiais se acham dono das Forças Armadas, se acham melhor, e discriminam os praças e são arrogantes.
- @Fexxxxj (há 1 dia – editado)
Essa competição constante entre os praças, fomentada pelo EB, está adoecendo a tropa, entre outras situações. Faz 2 anos q a turma dele saiu qao, concerteza a frustração por não sair oficial contribuiu com essa situação
- @arxxxx8 (há 1 dia)
O cara pode ser o melhor militar dentro de uma Unidade Militar, basta baixar por algum problema de saúde, que torna-se o pior militar, o golpista, o macetoso, principalmente entre sua própria classe. Muitos militares de carreira estão preocupados com suas promoções, o que é de “direito”, porém, muitos negam cuidar da própria saúde , quando estão com problemas psicológicos, por receio de perder pontos e consequentemente sua promoção. Essa é minha opinião.
- @mxxxx6174 (há 9 horas)
Treinar pra guerra, pra dar segurança da nação não é dar assédio sexual, moral. E isso existe muito lá. Muitos conseguem superior essa desumanidade com honestidade, mas, muitos acabam se desviando e contendo crimes contra a própria vida e dignidade da pessoa humana.
- @lxxxxao (há 7 horas)
Reflexo de um País doente aonde um lugar aonde o psicológico tem que ser forte para situações extremas de tensão e sem veem fragilizados por não terem o preparo para enfrentarem um inimigo que seria improvável que é a cadeia de comando aonde nós militares “achamos” que vai haver apoio vem repressão e retaliação.
- @xxxx33 (há 23 horas)
Nas Forças Armadas vc tem q babar saco!!! Muitos militares trabalhadores, por ter o azar de ter cruzado com algum chefe arrogante e vaidoso, tiveram suas carreiras prejudicadas!!! Vc tem q ser especialista em fazer coquetéis e festinhas!
- @mxxxx7 (há 1 dia – editado)
Quando estava na ativa, a ouvidoria do MD não resolvia nada, simplesmente “ouvia”. Não sei se é aplicável ao caso atual mas, servi no EB por mais de 30 anos e, dentro desse tempo, passei por inúmeros cmts e percebi que, geralmente, os CMT mais incompetentes e/ou “cu” de turma, são os que mais perseguem aqueles que realmente trabalham pois esses não se “dobram” à incompetência deles. Servi, na CiaC da 5RM, com o pai do XXXXXim, o qual se cuspia todo quando falava e, o relato do ST, em relação a este, condiz, em boa parte, com os comentários que se ouvia por lá.
- @maxxxx9 – Isso acontece constantemente na força… Comandantes ferram os praças nos conceitos e prejudicam na carreira… tem muita falcatruas nos Quartéis do Brasil à fora…!!! Ele tinha que ter feito o contrário e não atentar contra a própria vida…!!!
- @wixxxxena (há 8 horas)
Concordo com o advogado. Esse tipo de caso é praticamente comum nas forças armadas. Eu vivi mais de trinta anos na ativa sofri humilhações e vi muitas humilhações. Vi graduado se suicidando e outros tentando se suicidar. Infelizmente nas forças armadas existem casos parecidos com escravidão e não há como se defender. A oficialidade se protege e é muito comum dizer: o chapéu de um cabe na cabeça do outro. Existem muitos desses oficiais são pessoas frustradas que se vingam da sua vida miserável em cima de seus subordinados. Eu vejo que falta no mínimo o respeito aos direitos humanos. Vejo esse país defendendo vagabundos, bandidos de toda ordem que recebem defesa em seus direitos, mas o cidadão de bem e principalmente aqueles que dão sua vida por esse país são esquecidos.