Internacional
Norte do Iraque está afundando, revela estudo
Deslocamento de placa oceânica tem puxado para baixo região ao redor da Cordilheira de Zagros. Embora processo seja extremamente lento, ele pode ajudar a prevenir terremotos
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O Iraque está afundando. Uma equipe de pesquisadores descobriu que uma placa oceânica que está afundando abaixo da superfície da Terra puxa a região ao redor da Cordilheira de Zagros, no norte do país, para baixo com ela.
Mas não se trata de um buraco engolindo colinas, árvores e pedaços inteiros de terra. Os processos geológicos em questão “são extremamente lentos, além da escala de tempo humana”, afirmou à DW Renas Koshnaw, geólogo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
Koshnaw, oriundo da região de Erbil, no Iraque, é o autor principal de um estudo sobre a movimentação das placas tectônicas sob a Cordilheira de Zagros publicado no jornal científico Solid Earth, em novembro ano passado. “O efeito desses processos não pode ser sentido instantaneamente”, afirmou. Trata-se na verdade, de um período de milhões de anos.
Por que essa região está afundando?
O motivo, em suma, são as placas tectônicas. Uma ruptura cada vez maior vai se formando em uma região ao longo das placas continentais arábica e euroasiática, conhecida como placa oceânica Neotethys. Essa placa, que formou o fundo de um antigo oceano há mais de 66 milhões de anos, está se separando do sudeste da Turquia até o noroeste do Irã. Esse processo faz com que essa placa afunde lentamente para dentro da Terra.
O Iraque está afundando. Uma equipe de pesquisadores descobriu que uma placa oceânica que está afundando abaixo da superfície da Terra puxa a região ao redor da Cordilheira de Zagros, no norte do país, para baixo com ela.
Mas não se trata de um buraco engolindo colinas, árvores e pedaços inteiros de terra. Os processos geológicos em questão “são extremamente lentos, além da escala de tempo humana”, afirmou à DW Renas Koshnaw, geólogo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
Koshnaw, oriundo da região de Erbil, no Iraque, é o autor principal de um estudo sobre a movimentação das placas tectônicas sob a Cordilheira de Zagros publicado no jornal científico Solid Earth, em novembro ano passado. “O efeito desses processos não pode ser sentido instantaneamente”, afirmou. Trata-se na verdade, de um período de milhões de anos.
Por que essa região está afundando?
O motivo, em suma, são as placas tectônicas. Uma ruptura cada vez maior vai se formando em uma região ao longo das placas continentais arábica e euroasiática, conhecida como placa oceânica Neotethys. Essa placa, que formou o fundo de um antigo oceano há mais de 66 milhões de anos, está se separando do sudeste da Turquia até o noroeste do Irã. Esse processo faz com que essa placa afunde lentamente para dentro da Terra.
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Koshnaw liderou uma equipe com pesquisadores das Universidades de Göttingen, na Alemanha, e de Berna, na Suíça, que analisou a área ao redor da Cordilheira de Zagros. Eles queriam entender o que ocorre com a placa oceânica subjacente quando duas placas continentais colidem, já que as depressões ao redor dessas montanhas são mais profundas do que o esperado, dada a topografia moderada da região.
As cadeias de montanhas dos dias atuais, como a de Zagros, são resultado de colisões tectônicas. Ao observar os registros de rochas e sedimentos através de imagens obtidas das profundezas da Terra, os pesquisadores descobriram que a placa de Neotethys está afundando e levando a região de Zagros, no Iraque, com ela.
Essas descobertas possuem diversas implicações práticas por revelarem os “mecanismos pelos quais nosso planeta opera”, disse Koshnaw. “O estudo destacou o quão dinâmico nosso planeta é e quão conectados estão seu interior e exterior.”
Prevenir terremotos no futuro
Os resultados podem ser usados para construir modelos geológicos mais exatos que retratam a atividade nas profundezas abaixo da superfície da Terra e ainda podem ajudar na previsão de terremotos.
“Terremotos são gerados a partir de deslocamentos de camadas de rochas ao longo de fraturas ou falhas”, disse Koshnaw. “Esse processo poderia [ocorrer] em qualquer profundidade ou escala. Para entender onde, em que profundidade e em que escala uma falha poderia ocorrer, os cientistas precisam entender a configuração geológica em larga escala e a geometria das rochas.”
Isso tornaria mais fácil determinar onde os terremotos ocorrem e com qual intensidade. Tal conhecimento é importante para a região onde Koshnaw e sua equipe fizeram suas pesquisas. Em fevereiro de 2023, diversos terremotos de grandes dimensões atingiram o sul e o centro da Turquia, bem como o norte da Síria, causando milhares de mortes e um rastro de destruição.