Nacional
Mercado reage negativamente à nomeação de Gleisi Hoffmann para Relações Institucionais

O dólar segue em alta nesta sexta-feira (28/2), impulsionado por fatores internos e externos. No mercado doméstico, a nomeação da deputada Gleisi Hoffmann (PT) como nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) gerou preocupação entre investidores, enquanto, no cenário global, os mercados acompanham a reunião entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky e a divulgação de dados de inflação nos Estados Unidos.
Às 15h05, o dólar avançava 1,08%, cotado a R$ 5,892. Mais cedo, atingiu a máxima do dia em R$ 5,897, enquanto a mínima foi de R$ 5,823.
Com isso, a moeda acumula:
Alta de 1,7% na semana
Queda de 0,15% no mês
Desvalorização de 5,68% no ano
Reação do Mercado à Nomeação de Gleisi Hoffmann
A escolha de Gleisi Hoffmann para a SRI, pasta responsável pela articulação política do governo com o Congresso, não agradou ao mercado. A deputada, presidente nacional do PT, é vista como um quadro mais ideológico e menos conciliador para a interlocução com parlamentares, o que aumenta a incerteza sobre a governabilidade e o andamento de pautas econômicas no Legislativo.
O anúncio ocorre em meio a uma reforma ministerial promovida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que já havia trocado o comando da Saúde, com a saída de Nísia Trindade e a entrada de Alexandre Padilha, ex-ministro da SRI.
Além da mudança na articulação política, o mercado também reagiu a rumores sobre uma possível saída do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Embora o governo tenha negado essa possibilidade, fontes indicam um conflito nos bastidores entre Haddad e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, sobre a condução da política econômica.
Essa incerteza contribuiu para a alta do dólar, já que o ministro da Fazenda tem sido um dos principais defensores do controle fiscal, um ponto de atenção para investidores.