Educação & Cultura
Professor da UFPB integra expedição científica na região subantártica do Chile
Expedição científica foi realizada entre os dias 2 e 7 de abril

O professor Pablo Riul, do Departamento de Sistemática e Ecologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), participou de uma expedição científica internacional à região subantártica chilena, realizada entre os dias 2 e 7 de abril. A missão teve início em Punta Arenas, no Chile, e percorreu pontos estratégicos do extremo sul da América do Sul, como o Cabo Froward, o Canal Beagle e o arquipélago das Ilhas Diego Ramírez, alcançando o ponto mais austral do continente.
A iniciativa faz parte de uma série de projetos colaborativos entre pesquisadores brasileiros e chilenos, entre eles um projeto intitulado Áreas prioritárias para maricultura no Brasil e no Chile em cenários de mudanças climáticas globais, que conta com o financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/Brasil).
No Chile, a coordenação dessa série de ações é do professor Andrés Mansilla, da Universidad de Magallanes, em Punta Arenas, docente que também lidera o programa Sentinelas das Mudanças Climáticas, voltado à conservação biocultural de ambientes subantárticos. Naquele país, a expedição deste mês de abril contou com o apoio do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Chile, o Fondecyt.
O principal objetivo da missão foi estudar a biodiversidade de algas e invertebrados marinhos, com destaque para a Macrocystis pyrifera, alga gigante que forma florestas subaquáticas e abriga uma rica biodiversidade. A espécie também apresenta grande valor econômico e potencial para a produção sustentável de biocombustíveis, além de aplicações nas indústrias alimentícia, farmacêutica e cosmética.

Durante a expedição, o professor Pablo Riul realizou um mergulho inédito na Isla Gonzalo, tornando-se o primeiro pesquisador brasileiro a explorar o ambiente submerso das Ilhas Diego Ramírez. Os dados coletados contribuirão para estudos sobre o impacto das mudanças climáticas e para a formulação de estratégias de conservação e uso sustentável dos ecossistemas marinhos subantárticos.
“Essas informações são fundamentais para a criação de estratégias de conservação marinha voltadas à proteção da biodiversidade e à gestão sustentável dos ecossistemas costeiros. Elas também fornecem subsídios essenciais para o desenvolvimento de políticas públicas eficazes capazes de mitigar os impactos das mudanças climáticas globais, promover a resiliência ambiental e garantir o equilíbrio dos serviços ecossistêmicos marinhos para as gerações futuras”, afirmou o professor.
