Politíca
Do sertão ao poder: O pirralho que se escondeu atrás do terno
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Por Roberto Tomé
Num canto quente do sertão paraibano, onde a poeira dança com o vento e o sol castiga a pele dos que labutam desde menino, nasceu um caboco de pele alvinha, criado no seio de uma família cheia das possança. Tinha tudo na mão: terra, nome e influência. Os parentes, conhecidos não só por discurso bonito, mas também por umas passagens meio tortas pela justiça, já tinham fincado raiz na política, e ele, feito fruto maduro que cai do pé, seguiu o mesmo rumo.
Desde pirralho, já se via que o menino ia dá o que falar. Era afiado na fala, tinha a lábia mansa e os modos de quem cresceu cercado de conforto. E num instante, ganhou as urnas, subiu pra Brasília e se ajeitou por lá como quem já conhecia cada curva da Capital. Aprendeu ligeiro a arte da política, dessas de articulação, acerto por baixo dos pano e sorriso pra foto. Logo, já tava presidindo partido graúdo, falando grosso nas entrevistas e batendo no peito por ser “representante do povo do sertão”.
Mas, ô meu povo, foi só subir nos aviões da FAB, meter os pés em solo estrangeiro e sentir o cheiro do poder graúdo que o menino mudou da água pro vinho. Aquela prosa de justiça, de defesa dos seus e das causas do sertão, virou um silêncio que corta mais do que faca cega. Bastou um aperto de mão com quem manda soltar e prender, e o que era certo virou errado, e o que era errado passou a ser varrido pra debaixo do tapete.
Os processos, as denúncias, os gritos por justiça de quem tá no xilindró por pouca coisa — tudo isso agora é tratado como “assunto superado”. Já os safados de colarinho branco, esses continuam tomando café quente nas coberturas de Brasília, com o sorriso do pirralho virado gente grande estampado na mesma mesa.

O cabra que dizia pensar no povo, hoje pensa em “equilíbrio”. Mas que equilíbrio é esse, meu Deus, se o povo tá com o bucho roncando, sem pão, sem remédio, e os véi e as veia do sertão tão sendo deixados à míngua com a aposentadoria que mal dá pra comprar um salame murcho e um pão dormido?
É triste de vê. Um moço que nasceu debaixo do céu quente da Paraíba, que sentiu o cheiro da terra molhada e viu o suor do sertanejo escorrer nos olhos dos seus, hoje ignora tudo isso em nome de acordos, cifras e cargos.
Enquanto isso, o povo que um dia lhe deu o voto, agora se pergunta se vale a pena sair de casa pra escolher quem só lembra do sertão quando quer voto, mas esquece até o nome do lugar quando senta na cadeira acolchoada do poder.

E o povo? Fica com o chapéu na mão e a esperança nas costas…
No sertão, onde o céu rasga de azul e o chão estala de sede, o povo segue firme. Trabalhando feito jumento cansado, aguentando promessa furada e político que troca de pele mais ligeiro que cobra em sol quente. Aquele menino que um dia disse “vou lutar pelo povo do meu lugar”, hoje nem lembra mais a estrada de barro que levava pra casa da avó.
O povo tá acordado, viu? Pode até andar calado, mas tá de olho. Porque quando o matuto perde a confiança, nem promessa com banda de pífano traz de volta. O sertanejo pode ser paciente, mas não é bestado. E uma hora a conta chega — até pros cabra que acha que Brasília é eterna.
No mais, fica o nosso grito de resistência, direto do Portal Informa Paraíba, onde a verdade corre ligeira feito notícia em rádio de feira e o compromisso é com o povo, não com os poderosos. Aqui nóis não baixa a cabeça pra mentira, nem a caneta pro medo. Nosso lado é o da justiça — a de verdade, não, a de palanque!
Bem, você sabe quem é esta pessoa? Conta pra nós nos comentários.
Portal Informa Paraíba – o grito do povo, a voz do sertão, o coração da notícia!
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