CIDADE
Major Sidnei debate enfrentamento da violência contra a mulher e propõe criação da Patrulha Maria da Penha em Sapé
Outra proposta contida no plano de governo do Major Sidnei é a implantação de lições de combate à violência de gênero nas escolas municipais.
Para marcar o Agosto Lilás e os 14 anos da Lei Maria da Penha, criada para proteger as vítimas da violência, o pré-candidato a prefeito de Sapé, Major Sidnei, realizou uma live com a primeira tenente Aline Rosa, especializada no atendimento das mulheres vítimas de violência. Eles debateram sobre o enfrentamento desse grave problema. Números levantados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indicam que 4.396 mulheres foram assassinadas no país – o que coloca o Brasil em 5º lugar no ranking mundial das nações onde mais ocorrem feminicídios.
O major, que é especialista em segurança pública, dedicou espaço especial em seu plano de governo para tratar da temática violência contra a mulher. Ele propõe a implantação da Patrulha Maria da Penha em Sapé como forma de garantir uma maior proteção às mulheres que sofrem com a violência doméstica no município.
Outra proposta apresentada é a criação do programa de recuperação de homens agressores. O pré-candidato explicou que eles passarão por acompanhamento e por formação. “Esses homens devem frequentar 10 encontros pautados por noções de gênero e pela necessidade de reconhecimento da responsabilidade pelos atos de agressão”, disse.
De acordo com o pré-candidato a prefeito, é essencial criar uma rede de combate à violência contra a mulher envolvendo poder público, entidades e sociedade civil organizada, além da realização de campanhas periódicas de combate à violência contra a mulher e incentivando a denúncia do agressor e ainda a implantação de casas-abrigo para mulheres em situação de violência doméstica.
Para retirar a mulher do ciclo de violência, Major Sidnei defende a criação de um programa que estimule o empreendedorismo feminino na cidade. Dados do Data Senado mostram que aproximadamente 32% das mulheres em situação de violência doméstica não denunciam os agressores porque dependem financeiramente deles. Os números também revelam que um dos maiores fatores de risco à mulher em situação de violência é a conduta do agressor em impedir o trabalho e estudo.
Outra proposta contida no plano de governo do Major Sidnei é a implantação de lições de combate à violência de gênero nas escolas municipais. “É de criança que se muda mentalidades e se cria multiplicadores de boas práticas. Assim estaremos combatendo a violência contra a mulher”, afirmou o Major Sidney.
Números – A Paraíba registrou um crescimento de 11,76% no número de casos de feminicídio em 2019, segundo dados do Anuário da Segurança Pública da Paraíba Exercício 2019. O aumento do número passou de 34 em 2018 para 38 em 2019. Ainda que alarmante, denota um vetor constante, principalmente se compararmos 2017 com 2018, onde pulou, em um ano, de 22 casos para 34, um aumento de 53% no índice de mulheres vítimas por sua condição de gênero.
Serviço – Os casos de violência ou assédio, a qualquer hora do dia ou da noite, devem ser comunicados pelo telefone 190. Qualquer pessoa pode fazer a denúncia: a própria mulher, vizinhos, parentes ou quem estiver presenciando, ouvindo ou que tenha conhecimento do fato. Para os casos não emergenciais, o Disque 180 ou o Disque 100 também recebem denúncias e oferecem orientações. Em todo o país, as casas de abrigo seguem funcionando normalmente embora, em alguns locais, estejam recebendo menos pessoas.