Politíca
Educação regrediu duas décadas com fechamento de escolas e Pedro defende urgência na retomada das aulas
O Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (Unicef) aponta que o fechamento de escolas durante a pandemia fez o Brasil regredir duas décadas em matéria de evasão escolar. A Paraíba é um dos 18 estados que mantém o ensino apenas de maneira remota. No Dia Internacional da Educação, comemorado o deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB) destaca os prejuízos educacionais causados a estudantes com a manutenção das escolas fechadas e critica o Plano de Retomada da Educação do Governo da Paraíba, que só existe no papel.
Antes da pandemia, 1,3 milhão de crianças e adolescentes em idade escolar já estavam fora da escola no Brasil. Com a pandemia, os dados mostram uma evasão de aproximadamente 4 milhões de alunos, ou seja, um total de mais 5 milhões estão desvinculados da escola. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).
Fechar as escolas, segundo destacou o parlamentar, foi uma das primeiras medidas tomadas por governos de todo o mundo logo em março de 2020. O Brasil foi um dos países onde as escolas ficaram fechadas por mais tempo. Entre os 38 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o número de dias em que escolas primárias e secundárias ficaram fechadas no ano passado variou de menos de 20 a 180, o que representou uma média no grupo de 68 dias.
“Num país como o Brasil, pouco digitalizado, pouco conectado que o ensino remoto pouco funciona, fica muito difícil manter um nível educacional bom. É preciso rever esse retorno para a escola na Paraíba. Defendo inclusive que professores sejam priorizados no plano de imunização. É o mínimo a ser feito por esse profissional tão desvalorizado no Brasil. A questão é, se a gente já voltou com os bares, e aqui não tenho nada contra isso, como a gente não volta com as escolas? É algo difícil de entender”, questionou o deputado.
Para o parlamentar, a escola é um ambiente não só de educação, mas de cuidado de um modo em geral. Ele entende que existe o risco do contágio pelo coronavírus, mas defende um retorno feito de forma segura e com mais estudantes retornando à sala de aula de forma presencial. “A escola tem importância social enorme não só para os estudantes, mas para a família como um todo”, disse.