Politíca
Setor Cultural teve perda de receita de até 100% e Rafafá defende ações para preparar segmento para o pós-pandemia
No Dia do Trabalho, 1º de maio, o deputado federal Rafafá (PSDB) propôs um debate sobre as dificuldades enfrentadas pelo setor cultural durante a pandemia. Nas suas redes sociais, o parlamentar lançou uma enquete para saber o que é preciso para que o setor saia da crise e comece e a se preparar para o pós-pandemia. A pesquisa Percepção dos Impactos da Covid-19 nos Setores Culturais, realizada pela Unesco, aponta que entre as organizações ligadas a cultura e a economia criativa, mais de 40% registraram perda de receita entre 50% e 100%.
Rafafá votou favorável ao Projeto de Lei 795/21 que prorroga o prazo para utilização dos recursos da Lei Aldir Blanc e garante recursos financeiros ao setor cultural durante a pandemia do coronavírus. “O auxílio é muito importante, mas precisamos começar a pensar o setor cultural a longo prazo, buscando alternativas para que ele volte a se destacar e continue gerando emprego e renda”, disse.
Na pesquisa da Unesco os representantes do setor cultural classificam como medidas importantes para sair da crise o acesso a informações direcionadas ao setor, networking, orientação de como se portar no processo de reabertura, consultoria, apoio psicológico e treinamento. “Nós queremos auxiliar nesse retorno e vamos pedir ajuda ao executivo nesse processo” ressaltou.
Os setores Cultural e Criativo somaram R$ 171,5 bilhões de faturamento, equivalente a 2,61% de toda a riqueza gerada em território nacional até 2017. Com capacidade de geração anual de 25,5 mil postos de trabalho, totalizaram 837,2 mil profissionais formalmente empregados. Antes da pandemia, esses setores tinham a previsão de contribuir com U$ 43,7 Bilhões para o PIB nacional, até 2021.
Campina Grande – O parlamentar lembrou também dos artistas envolvidos no São João de Campina Grande. A festa junina movimenta, em média, R$ 10 milhões da economia e por conta da covid-19, novamente não haverá o evento. “O segmento dos eventos foi um dos primeiros a parar por conta da pandemia e provavelmente será um dos últimos a voltar. Sou da terra do São João, sabemos a quantidade de artistas que, provavelmente, não terá o São João para trabalhar, mostrar sua arte. Essas pessoas precisam muito de nosso apoio”, pontuou.
Rafafá faz parte da classe cultural, e por mais de 10 anos participou da tradicional quadrilha de Campina Grande, além de atuar em eventos apresentando festas em municípios da Paraíba. “Conheço de perto o trabalho de quem faz cultura, de quem faz os eventos acontecerem. Por isso me alegra muito saber que essa classe vai ser contemplada pelo auxílio, mas precisamos começar a nos preparar para sair dessa crise”, destacou.