CIDADE
Alunos das Oficinas de Teatro Infantil e Adulto encerram 1º módulo com apresentação de esquetes produzidas durante as aulas
Atividades foram realizadas através da Lei Aldir Blanc; apresentações aconteceram no Centro Cultural Mestre Benedito com todos os protocolos de segurança exigidos pelas autoridades de saúde
A Secretaria de Cultura (Secult) de Cabedelo encerrou, nesta quarta-feira (2), o 1º módulo das Oficinas de Teatro Infantil e Adulto, promovidas através da Lei Aldir Blanc.
O encerramento aconteceu através da apresentação de peças trabalhadas durante os cursos, que tiveram carga horário de 20 horas/aula. As atividades terão seguimento com a realização dos 2º e 3º módulos.
“Os editais de chamamento público que lançamos durante esse período de pandemia tiveram como objetivo beneficiar alguns artistas locais que estavam impossibilitados de trabalhar em decorrência das medidas restritivas, e também de alcançar um público que tem vontade de aprender e esmiuçar um pouco mais a nossa cultura popular. Sobre essas oficinas, é importante destacar que os artistas tiveram liberdade na elaboração dos planos de trabalho, com técnicas específicas para cada público “, afirmou o secretário adjunto da Cultura, Saulo Dantas.
As oficinas de Teatro Infantil e Adulto reuniram 26 alunos no total, e foram ministradas por Tony Silva e Leandro Nobre Fialho. Ao final das atividades, o grupo infantil, composto por 8 alunos, apresentou a peça “Um lugar chamado amizade”, um esquete cênico que uniu textos do “Pequeno Príncipe” e de “Bonecos de Pano”, além de dois poemas complementares levados pelos próprios alunos.
Já a oficina de Teatro Adulto contou com a participação de 18 pessoas e também com a orientação dos dois atores. No encerramento do 1º módulo, os alunos apresentaram a peça “Veríssimo no Ato”, um esquete cênico com textos do autor Luiz Fernando Veríssimo, que abordou a temática do ser humano e o universo do amor e suas relações.
Residente na cidade, o ator Leandro Nobre Fialho ficou muito entusiasmado com o seu primeiro trabalho realizado em Cabedelo neste primeiro módulo.
“Os alunos não só atingiram as expectativas como também superaram a nossa. Trabalhamos um pouco de teoria, muitos jogos teatrais e algumas técnicas, como a de aquecimento vocal e também físico em todas as aulas, e todos responderam muito bem. A gente estava com saudades de estar em sala de aula, de mexer o corpo, dessa interação… É de suma importância que as pessoas de Cabedelo continuem se envolvendo com o teatro, com a dança, com arte no geral, pois isso traz crescimento e faz com que todos pensem mais criticamente” ressaltou Leandro.
O ator Tony Silva, outro ministrante das oficinas, possui uma ligação cultural muito forte com Cabedelo, pois foi na cidade que ele estreou nos palcos. Ele também agradeceu pela oportunidade e se encantou com o trabalho que foi desenvolvido no Centro Cultural Mestre Benedito.
“Já viajei fazendo espetáculos por tantas cidades, mas eu tenho um caso de amor com Cabedelo. Eu estreei aqui quando era adolescente, na época de Geraldo Jorge, então diretor do Teatro Santa Catarina, e, desde então, me tornei cabedelense por afeição. A oportunidade de realizar a oficina aqui é muito interessante, porque essa cidade é extremamente cultural, é um espetáculo à parte. Aqui tem a Nau Catarineta, o Coco de Roda, tantas outras manifestações, mas continua nos surpreendendo porque sempre tem algo novo. Viemos através da Lei Aldir Blanc e acredito que Cabedelo foi pioneira nesse processo, por isso estamos glorificados em está fazendo parte disso. Os alunos aqui estavam sedentos por atuações e eu desejo que essa galera continue, pois é importante que o ser humano se envolva com a cultura gerando mais mentes pensantes” ressaltou Tony.
As apresentações aconteceram no Centro Cultural Mestre Benedito e atenderam a todos os protocolos de biossegurança exigidos pelas autoridades sanitárias. As culminâncias das oficinas foram transmitidas, ao vivo, pelo Instagram da Secult.
Quem passou por essa experiência, aprovou. Foi assim com a designer de interiores Karla Arruda, moradora do bairro de Camboinha.
“Foi uma experiência maravilhosa e engrandecedora e com pessoas incríveis, como Tony e Leandro, que compartilharam conosco muito conhecimento. A vivência daqui nos permitiu que tirássemos as máscaras que utilizamos no cotidiano para apresentar o que temos na nossa essência. E foi importante desligar do mundo nesse momento tão difícil para se descobrir aqui. Agarrei essa oportunidade mas eu não sabia que isso iria surtir um efeito tão positivo na minha vida. Nessa oficina promovida pela Prefeitura de Cabedelo descobri que é possível vivermos outras experiências, inclusive, foi uma oportunidade de quebrarmos travas e soltarmos nossas amarras, principalmente com relação a minha autoconfiança e comunicação”, avaliou a aluna.