Politíca
Estudo aponta que consumo de peixes não mudou com pandemia e aquisição de pescados ainda sai mais em conta que carne e frango
Uma pesquisa realizada em parceria pela Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO) e a Universidade Federal do Tocantins (UFT) apontou que a pandemia da Covid-19 não alterou o consumo de pescado por conta do distanciamento social. Porém, 27% dos entrevistados disseram ter reduzido o consumo, 18% responderam que aumentaram e 4% pararam de consumir peixes durante o período. A pesquisa entrevistou, virtualmente, 702 pessoas nas cinco regiões do país.
Apesar de não ter ocorrido grandes mudanças no consumo de pescados durante este período de pandemia que o país vem enfrentando, nesta terça-feira (29), Dia do Pescador, o parlamentar e autor da Lei nº 9.996/2013, que institui o Dia Estadual da Aquicultura e a Semana Estadual da Pesca, Jutay Meneses (Republicanos), voltou a defender a valorização da categoria. “A Paraíba possui hoje cerca de 30 mil pescadores cadastrados. O setor da pesca é de extrema relevância em nossa economia, pois gera emprego e renda para muitas famílias paraibanas”, defendeu e acrescentou que esses dias instituídos por lei são voltados para realização de ações com a finalidade de divulgar a pesca e a aquicultura no Estado da Paraíba.
Para Jutay, a aquisição de pescados sendo feita diretamente com pescadores artesanais e aquicultores é também uma forma de valorizar e contribuir para o aumento do consumo de peixes na região. “A partir do momento em que colocamos os pescados na venda direta do pescador para pessoa física, temos aí uma queda no valor do produto, um reconhecimento do profissional que atua nessa categoria e, consequentemente, uma valorização do setor”, assegurou.
Outro fator apontado pelo republicano e que contribui para o incentivo ao consumo de pescados é o aumento expressivo no valor de proteínas como a carne bovina e a de frango. “A partir do momento que vemos um acréscimo no preço cobrado pela carne de boi e no frango encontramos na aquisição de pescados uma saída positiva tanto para o consumidor, que vai continuar comendo com qualidade e com um preço mais acessível, quanto para os pescadores e aquicultores que terão seus produtos sendo vendidos e seu trabalho valorizado”, pontuou o parlamentar.
O deputado Jutay reforçou o trabalho que têm desenvolvido na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) em favor da categoria. “Nossa luta é para que haja mais investimento nas atividades e ações que assegurem melhores condições de trabalho aos pescadores”, afirmou.
Mais Ações – Na ALPB, o parlamentar apresentou dois projetos de lei que visam contribuir para valorização e exercício da atividade pesqueira. O primeiro é o PL 2.393/21, que cria a política pública de inexigibilidade do pagamento de IPVA dos veículos automotores dos pescadores, dos trabalhadores da agricultura familiar e dos aposentados por invalidez, com idade igual ou superior a 65 anos, em casos de furto, roubo ou em decorrência de dano parcial ou total causado por incêndio, enchente ou inundação, quando ocorridos no território paraibano.
Já o segundo, é o 2.432/21, que visa conhecer o caráter essencial da atividade pesqueira artesanal no Estado da Paraíba. Para Jutay, a pesca artesanal é uma atividade que apresenta grande relevância e é exercida por produtores autônomos, que utilizam técnicas tradicionais de pesca e pequenas embarcações, mas que asseguram o sustento de muitas famílias no estado.