Politíca
João e Veneziano: haverá racha?
Por: Valter Nogueira
O distanciamento entre o governador João Azevêdo (Cidadania) e o senador Veneziano Vital do Rêgo (PMDB) é visível, realidade que pode derivar para um rompimento. A questão, porém, não é se vai haver ou não um racha, mas sim como se dará tal processo.
A concretização do suposto rompimento promoverá consequências, claro. Porém, com efeitos diferentes para governo e oposição. A leição para governador em 2022, na Paraíba, poderá ser levada ao segundo turno
É aí que a coisa pega!
Para o governo, que trabalha a reeleição de João Azevêdo, o racha é negativo. Porém, o tamanho da avaria vai depender muito de como se dará o processo.
Em um pleito, é prudente ao candidato favorito não esticar muito a corda com os adversários de hoje, como forma de poder atraí-los à frente. E não é recomendável perder aliados de primeira hora – pode ser difícil reconquistá-los adiante.
Em caso de rompimento, seria possível juntar os cacos na segunda etapa do jogo? O resultado a ser colhido no futuro depende das tratativas de hoje.
Distanciamento
Distanciamento temporário entre o governo e o MDB, sim, no primeiro turno. Mas, rompimento, pouco provável.
A separação temporária se dará até pelo fato de o MDB ter candidato à presidência da República. Ou melhor, candidata: o nome da senadora Simone Tebet acaba de ser lançado.
Por esse prisma, o MDB nacional precisará de palanque na Paraíba, ao menos no primeiro turno. E João Azevêdo, a preço de hoje, dará palanque ao presidenciável Lula.
Oposição
Para a oposição, um eventual racha é bem-vindo. Afinal, o senador Veneziano tem história e peso político. E a oposição trabalha para lançar várias candidaturas, na fase inicial da campanha, como forma de levar o pleito para o segundo turno.
Dose amarga
É inegável que determinada situação, por vezes, requer remédios amargos. Porém, a sabedoria popular diz que, ao fechar as portas, é prudente, ao menos, deixar uma janela aberta.
Última
É preciso administrar bem o presente, pois o futuro é incerto e o passado já não o temos.