Saúde
O curioso caso do homem “morto” que acordou horas antes da autópsia
Imagina acordar e perceber que você está no necrotério, prestes a passar por uma autópsia? Foi o que aconteceu com o presidiário Gonzalo Montoya Jiménez, em 2018. O espanhol foi encontrado inconsciente em sua cela e declarado como morto não apenas pelos médicos da prisão, como também por um médico forense.
Quando a equipe médica percebeu que algo estava errado, Jiménez já tinha sido até mesmo encaminhado à câmara frigorífica, para que seu corpo ficasse preservado. Seu corpo, aliás, já trazia até mesmo marcações de orientação da autópsia. Os especialistas ouviram barulhos e quando foram checar, encontraram o presidiário ainda vivo. Depois do susto, o homem foi transferido para um hospital.
“Não podemos entrar em detalhes sobre o que aconteceu no necrotério, mas três médicos identificaram sinais clínicos de morte, então não ficou claro por que isso ocorreu”, comunicou um porta-voz do Serviço Prisional da Espanha, na época. A medicina divide a morte em duas opções: a clínica, que ocorre com a falha do sistema cardiovascular, de modo que os órgãos param de ser supridos com oxigênio e nutrientes; e a cerebral, com a falha do cérebro, cerebelo e tronco cerebral.Quer ficar por dentro das melhores notícias de tecnologia do dia?
De qualquer forma, os funcionários do hospital têm uma teoria sobre a falsa fatalidade: pode ter sido um caso de catalepsia, em que o corpo entra em transe ou estado semelhante a uma convulsão, apresentando inconsciência e rigidez física. Em alguns casos, os eventos de catalepsia podem ser confundidos com a morte, considerando que a respiração também é afetada. Outro fator que fortalece essa confusão é que um episódio de catalepsia pode durar até mesmo alguns dias — o que é raro, no entanto. Normalmente, dura no máximo dez minutos.
A catalepsia pode ser dividida entre patológica, que tem sintomas relacionados a doenças como esquizofrenia, depressão grave e alcoolismo, e a projetiva, também conhecida na medicina como paralisia do sono. Quanto desfecho da história, o homem ficou mais 24 horas internado no hospital, em uma UTI (unidade de terapia intensiva), até que se recuperasse.
Fonte: El Español via Science Alert