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Câmbio flutuante: entenda o que é e como esse regime funciona
Existem diferentes formas de regular as ondulações e o câmbio flutuante é uma das opções. Você sabe como ele funciona?
O valor das moedas internacionais, principalmente o dólar, traz diversos impactos para o dia a dia de empresários e investidores. Dessa forma, é fundamental entender como funciona as variações da moeda. Existem diferentes formas de regular as ondulações e o câmbio flutuante é uma das opções. Você sabe como ele funciona?
Ele é considerado um dos mais adequados para os mercados desenvolvidos e com maior estabilidade, mas gera algumas dúvidas. No entanto, como isso afeta negócios, investimentos e, até mesmo, o turismo, é importante entender o seu funcionamento.
Pensando nisso, preparamos este conteúdo para esclarecer as principais dúvidas sobre o câmbio flutuante e as transações internacionais. Continue a leitura e se informe!
O que é o câmbio flutuante?
O câmbio flutuante foi adotado como regime oficial no Brasil em 1999 e é um dos mais utilizados entre os países com economia estável. Nesse caso, o governo não tem controle sobre as operações de compra e venda de moeda, o que faz com que o preço varie constantemente — por isso a utilização do termo “flutuante”.
Esse regime cambial se baseia na oferta e demanda, de modo que a busca pela compra aumenta o valor da moeda, enquanto a queda no número de compradores também faz com que o preço diminua. Da mesma forma, quando a moeda tem maior disponibilidade no mercado o seu preço é reduzido, e quanto existe uma menor quantidade, o seu valor aumenta.
Isso acontece por um motivo simples — a grande procura e/ou a baixa quantidade de moedas estimula os compradores a oferecerem valores e permite que os vendedores aumentem o preço. Assim, o câmbio flutuante permite o desenvolvimento de uma relação livre no mercado, com independência para que os agentes econômicos operem as moedas.
O que afeta o valor do câmbio flutuante?
O câmbio flutuante é afetado pelas operações de compra e venda realizadas. No Brasil, podemos classificar os agentes envolvidos como demandantes, que englobam investidores brasileiros que aplicam em ativos do exterior, turistas brasileiros, empresas importadores etc., e ofertantes, como os investidores estrangeiros, turistas que visitam o Brasil e exportadores.
Contudo, além dos agentes econômicos citados, existem outros fatores que trazem impactos para o câmbio flutuante e influenciam no valor das moedas. Conheça os principais:
- inflação no país;
- nível de emprego e de renda;
- taxa de juros interna e externa;
- política fiscal e monetária adotada;
- número de importações e exportações;
- fluxo de turistas;
- investimentos estrangeiros;
- número de imigrantes e residentes fora do país.
Qual a diferença entre câmbio flutuante e câmbio fixo?
Outro regime de câmbio comum e que gera algumas dúvidas é o fixo. Nele, a taxa é fixada pelo governo e não varia conforme as operações feitas com a moeda e a demanda, permanecendo sempre a mesma. O mercado financeiro não tem autonomia para regular as cotações, então o Estado tem uma atuação maior na regulamentação. Basicamente, ele é o oposto do câmbio flutuante.
Também existe um terceiro regime cambiário, considerado intermediário ou misto. Apesar de não ser reconhecido oficialmente, ele é adotado em alguns lugares e conhecido como “flutuação suja” ou ” dirty float”.
Nesse caso, apesar do país adotar o câmbio flutuante, o Estado ainda interfere por meio da manipulação da moeda disponível. A ideia é que a instituição monetária dominante do país consiga controlar o câmbio diante de grandes variações da moeda.
Flutuação suja no Brasil
Na verdade, esse é exatamente o regime adotado no Brasil. Não é incomum se deparar com notícias a respeito de intervenções do Banco Central (Bacen), como a compra e venda de moedas, a fim de evitar a desvalorização ou supervalorização.
O objetivo é reduzir os riscos nas operações financeiras, como investimentos, empréstimos e negociações feitas entre brasileiros e estrangeiros. Portanto, apesar de não ser uma intervenção direta no câmbio feita pelo Estado, a flutuação não acontece de forma totalmente livre e pode impactar a inflação do país.
Quais as vantagens do câmbio flutuante?
O regime flutuante é o mais adotado porque apresenta alguns benefícios. O primeiro, sem dúvidas, é que ele se ajusta livremente conforme o próprio mercado. Esse tipo de câmbio evita ataques especulativos por investidores estrangeiros, que acontece quando eles provocam a desvalorização de uma moeda propositalmente.
A flutuação do câmbio reduz os riscos de impactos sofridos em decorrência de crises estrangeiras, protegendo o país dos efeitos que os problemas externos podem trazer. Também não é necessário que seja feita uma gestão internacional das taxas de câmbio, como no caso das intervenções do Fundo Monetário Internacional (FMI).
As intervenções feitas pelo banco central, quando acontecem, são menos frequentes e não é preciso fazer restrições no fluxo de capital, melhorando a eficiência do mercado. Outra vantagem é a flexibilidade e a adaptação de preços, já que a economia se molda às condições do mercado considerando os cenários interno e externo.
Além disso, os bancos centrais dos Estados conseguem promover as políticas monetárias com maior liberdade, já que o Governo não precisa interferir diretamente no câmbio. As medidas adotadas podem focar em questões como ajustes fiscais ou estabilização de preços, sem tanto foco nas variações da moeda. Por fim, esse regime garante uma visão mais realista do mercado, refletindo a real situação econômica.
Quais as desvantagens desse regime de câmbio?
Existem algumas desvantagens nesse regime cambial que devem ser consideradas. A primeira trata da segurança em investimentos e negociações realizadas em outras moedas. Como elas variam de acordo com o mercado e mudam diariamente, isso traz um pouco de incerteza e pode se tornar um aspecto negativo. Aqui, a solução é acompanhar o mercado para entender as tendências e conseguir elementos para embasar as decisões.
Outra desvantagem é que o regime flutuante dificulta a estabilização cambial, caso necessário, que poderia ajudar nas atividades econômicas do país em determinados períodos. Por exemplo, desvalorização forçada da moeda pode ajudar na produção interna e estimular a economia. Aqui, o câmbio fixo poderia trazer benefícios para a economia do país.
Como garantir as melhores condições em transações internacionais?
Acompanhar o câmbio é fundamental para quem trabalha com transações internacionais, como investimentos, importação ou exportação. A preocupação também é comum entre as pessoas que pretendem fazer viagens para o exterior, realizar intercâmbios ou, até mesmo, mudar para outro país.
As variações da moeda afetam o planejamento financeiro, as obrigações assumidas e os rendimentos obtidos, então é importante acompanhar o mercado e compreender como funciona o câmbio. Entretanto, outro cuidado que deve ser adotado é a busca por melhores condições para as transações internacionais.
Nesses casos, é preciso lidar com as variações da moeda, que pode ser atrelada ao mercado internacional (câmbio comercial) ou aos valores praticados por Casas de Câmbio, voltadas aos viajantes (câmbio turismo), assim como taxas relacionadas ao envio e o pagamento de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Tudo isso pode aumentar consideravelmente o valor da transação, afetando o seu orçamento. Desse modo, vale a pena contar com soluções mais práticas e econômicas disponíveis no mercado, como a Remessa Online.
Como usar a Remessa Online e quais as vantagens
A Remessa Online é uma plataforma que permite enviar e receber dinheiro com diversas finalidades: operações comerciais, investimentos ou transações pessoais. O usuário faz o cadastro online informando dados pessoais e e-mail, ativa a conta e já consegue realizar transações.
A plataforma é simples e intuitiva, com informações claras para que o usuário consiga enviar e receber dinheiro sem complicações. O limite diário é de R$ 37,5 mil e o anual é de R$ 75 mil, mas é possível aumentar o limite fazendo o cadastro completo, que fará uma análise de crédito. Além da facilidade para fazer as transações, a plataforma também oferece um ótimo custo-benefício:
- a conversão segue o câmbio comercial, sem tarifa adicional no valor da moeda;
- o usuário paga uma taxa fixa de 1,3% sobre o valor da transação, e uma tarifa de R$ 5,90 se o total for menor que R$ 2.500;
- o IOF incidirá com alíquota de 0,38% em transações para terceiros ou de 1,1% para a mesma titularidade.
Para complementar, o valor enviado é disponibilizado em até 1 dia útil, enquanto os valores recebidos ficam disponíveis em 2 dias úteis. Ou seja, você conta com agilidade, praticidade e economia para fazer as suas transações com o exterior.